Voz dos Galpões
Xirú Missioneiro
Garganteio de tarrã na voz da gaita
Berro de gado em bordoneios de violão
Canto campeiro na garganta de álgum taita fazendo eco nas entranhas desse chão
(Rima baguala que em cada verso retrata a convivência desses homens de galpão)
Vão as cantigas rebrotando numa quincha
Enrregrecidas de fumaça e picumã
De quando em vez um vento norte relincha
Em contra canto com o cantar do tarumã
(Pra este canto, que apertando a cincha, cavalga longe em direção de outras manhãs)
Timbre pampeano retratando em melodias
Berro de potro corcoveando campo a fora
Voz dos galpões emoldurado em poesias
Pampa e querência, em cada rima que aflora
(Ponteando acordes me acolhero em parcerias, ao bater casco e ao tinir das esporas)
Noites charruas, reportando em a lo largo
É bissonoro os aporreado de nascência
Almas xirúas, repontando o mesmo amargo, com água benta da campeira convivência
(Santificando o amor por esse pago, que brota em versos ao cantar essa querência)
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