El Andar

Andando

El Andar

Às vezes eu não entendo meu rolar pelo mundo
A veces no comprendo mi rodar por el mundo
Isso mede a terra e a estrada, e o mar
Este medir la tierra y el camino, y el mar
Isso, sendo simples, foi profundo
Esto, que siendo simple, se ha tornado profundo
Voz que ordena meu passo além, além
Voz que ordena a mi paso más allá, más allá

Pelo que sei, sou um ser sem marinheiros
Hasta donde conozco soy un ser sin marinos
Pessoas sem grandes avanços ou fronteiras derrotadas
Gente sin pasos largos ni fronteras vencidas
Mãos que aprisionaram um sonho camponês
Manos que aprisionaron un sueño campesino
De melgas e aguilhões e relinchos e freios
De melgas y picanas y relinchos y bridas

Porque admiro castanheiros, azinheiras e mares profundos
Porqué admiro castaños y encinas y hondos mares
E aquela língua estranha, e o violino que está morrendo
Y aquel idioma extraño, y el violín que agoniza
Se uma língua bárbara de pampas e trebolares
Si una bárbara lengua de pampa y trebolares
Ele me deu violões para beber, eles viraram cinzas
Me dio a beber guitarras, que se hicieron ceniza

De onde então vem a aventura da jornada
De dónde llega entonces la aventura del viaje
Se nada foi longe, talvez uma cordilheira
Si nada ha estado lejos, quizá una cordillera
E essa doce mentira de mudar as paisagens
Y esta dulce mentira de mudar los paisajes
Que são sempre iguais, invernos, primaveras
Que son siempre los mismos, inviernos, primaveras

Às vezes não entendo porque ando tanto
A veces no comprendo porqué camino tanto
Se eu não devo encontrar a sombra que o coração anseia
Si no he de hallar la sombra que el corazón ansía
Talvez uma memória profunda, profunda como um choro
Quizá un profundo acordé, profundo como un llanto
Eu tenho que ouvir um dia, eu tenho que ouvir um dia
He de escuchar un día, he de escuchar un día