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Jornal Blues (Canção Leve de Escárnio e Maldizer)

Belchior

Nesta terra de doutores, magníficos reitores, leva-se a sério a comédia!
A musa-pomba do Espírito Santo e não o bem comum!
Inspira o bispo e o Governante
Velhos católicos, políticos jovens, senhoras de idade média
Sem pecado abaixo do Equador
Fazem falta e inveja ao inferno de Dante
Tão comum e tirar-se daqui qualquer coisa
Que eu também tiraria o chapéu a vontade
Aos cidadãos respeitáveis, donos de nossas vidas, pais e patrões do país
Mas em vez tiro o lenço
Não para enxugar, portuguesmente, a saudade

Mas pra saudar num Ciao! Quem me expulsa de casa!
Dar um viva excelência! E tapar o nariz!
Não, não quero contar vantagem mas já passei fome com muita elegância
E uns caras estranhos, ordens superiores!
Já invadiram minha casa mas com muito respeito! Diabo de profissão!
Ganhar com o suor de meu gosto o bendito pão e o gim das crianças!
Noblesse oblige! Eu talvez seja o cara que você ama odiar, inimigo do peito!

Cá em casa quem morre se torna querido, tido e havido por justo e inocente
Mas pode ir tirando o cavalo da chuva
Que eu não vou nessa de morrer só para agradar vocês
Aluno mal comportado, pela regra da escola
Devo ser reprovado, sumariamente
Mas não faz mal
Deixo os louros ao poeta! Lauras é o que me importa!
Quero o meu dinheiro no fim do mês!

Mas que poeta idiota!
Canções tão tocantes dão sempre uma nota raramente vulgar!
Atentado à moral e aos bons costumes, lapido diamantes, não falsos brilhantes
Kitsch elegante que te mente elegantemente!
Oh! Abre alas que eu quero passar!
There's no business like soul business!
There's no political solution, meus caros estudantes!

Tá todo mundo comido, lavado, passado, bronzeado
Ora, muito obrigado!
Só eu não venço na vida, não ganho dinheiro
Não pego mulheres, não faço sucesso!
O velho blues me diz que, ateu como eu
Devo manter os modos e o estilo réu confesso!
Eles vão para a glória sem passar pela cama
Ou Jesus não me ama ou não
Entendo nada do riscado!

Não toques esse disco! Não me beijes, por favor!
Meu professor de filosofia me dizia que eu viveria sempre adolescente
Hoje, qualquer mulher, assim que me abandona
Já me tem por durão, mesmo sabendo que mente
Desculpem! Infelizmente não sou à prova de som nem de amor
De amor, de amor, de amor, de amor
De amor, de amor, de amor, de amor

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