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La Milonga

Carlos Gardel

Letra

La Milonga

La Milonga

A orquestra soa, o fole chora
Suena la orquesta, los fuelles llorones

Com suas vibrações, a festa é tão bonita
Con sus vibraciones, tan linda la fiesta

A chicada que o pátio adorna
La muchachada que el patio engalana

Sua risada de amor grana inundou
Su risa de grana de amor inundaba

E entre os barulhos as notas parecem
Y entre los ruidos parecen las notas

Canções que brotam dos sentidos do amor
Canciones que brotan de amores sentidos

Mas há momentos em inveja do amor
Pero hay momentos que en celos de amor

Os olhos expressam raiva intensa
Los ojos expresan intenso furor

Quando um homem bonito insiste em usar
Cuando se empeña un guapo en llevar

Para o belo dono de quem sabe amar
A la hermosa dueña de uno que sabe amar

E um grito de repente se levanta
Y un clamor de pronto se levanta

Vendo que dois homens lutam
Al mirar que dos hombres pelean

Com vigor, e na luta eles tropeçam
Con vigor, y en la lucha cuerpean

Enquanto a borda do facão vibra
Mientras que viborea el filo del facón

Quem vê os gestos de beleza
Los que ven los gestos de guapeza

Daqueles dois que lutam bravamente
De esos dos que luchan con bravura

E olhando para uma ofuscação tão grande
Y al mirar tan grande ofuscación

Uma sombra de amargura cobre o coração
Una sombra de amargura cubre el corazón

E na milonga os sons morrem
Y en la milonga se mueren los sones

Dos bandoneons que não mais se queixam
De los bandoneones que ya no rezongan

E o quintal é muito triste e sombrio
Y el patio queda muy triste y sombrío

Como se estivesse banhado em cansaço
Como si estuviera bañado de hastío

É que as pessoas sofrem
Es que la gente sufre un desconsuelo

Vendo que um corajoso permanecerá no chão
Al ver que un valiente quedará en el suelo

E a garota que amou o bonito
Y la muchacha que al guapo adoró

Amaldiçoar o malevo que matou seu homem
Maldice al malevo que a su hombre mató

E se afogou em um grito de dor
Y ahogada en un grito de dolor

Beije o rosto amado de seu amor
Besa el rostro amado del que fuera su amor

Não sei que vento triste
Yo no sé qué viento de tristeza

Ele tirou a alegria do pátio
Se llevó del patio su alegría

Quando o sol à distância morreu
Cuando el Sol a lo lejos moría

E festa foi perdida
Y se fiesta perdía

Sua animação alegre
Su alegre animación

Eu só sei que quem o adorava
Solo sé que la que lo adoraba

Ele soluçou duelo
Sollozó muriéndose de duelo

E chorando sua ilusão perdida
Y al llorar su perdida ilusión

Ele pediu contas ao céu
Le pidió cuentas al cielo

Por sua aflição
Para su aflicción

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Composição: E. Cárdenas / R. Rossi. Essa informação está errada? Nos avise.

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