Maniquí

Muchachito de abolengo
Tirifilo engominado
Aristócrata travieso
Nene lindo y holgazán
Con tu traje entalladito
Elegante y bien planchado
Con perdón de la palabra
Sos un maniquí viván

Los viernes, día de moda
En el hall de aquel cinema
Te entallás con todo esmero
Porque fuiste artificial
Y con lánguidas miradas
De gatito hecho una crema
Relojeás las damiselas
De la gran vida social

Distinguido
Jovencito niño bien
Yo sé que te agrada mucho
La música de Chopén
La poesía
Que en fiestas interpretás
Es tan cándida y tan dulce
Que las chicas piden más

Todo un biscuit de vitrina
Es tu figurita pulida
De familia millonaria
Y alto rango desceñidse
Si te abaraja un bohemio
Antes de irte de la vida
Te hace una caricatura
Porque te la mereces

Manequim

Menino Abolengo
Gyrifilo Gummed
Aristocrata impertinente
Bebê fofo e preguiçoso
Com seu terno entalhado
Elegante e bem passado
Com perdão da palavra
Você é um manequim ao vivo

Sexta-feira, dia da moda
Na sala daquele cinema
Você começa com todo o cuidado
Porque você era artificial
E com olhares lânguidos
Um gatinho fez um creme
Você assiste as donzelas
Da grande vida social

Distinto
Jovem rapaz bem
Eu sei que você gosta muito
Música de Chopén
A poesia
Que nas festas você interpreta
É tão sincero e tão doce
Que as meninas pedem mais

Um biscoito de vitrine inteiro
É a sua estatueta polida
De uma família milionária
E alto escalão desce
Se um boêmio o torna mais barato
Antes de você deixar a vida
Faz de você um desenho animado
Porque você merece

Composição: E. Dizeo / E. Flores