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Sentado à mesa,
O mate novo,
A vela acesa,
O olho turvo. . .

Ouço mil cascos em disparada
Lá por de trás da coxilha,
E o negrinho gorjeia seu riso
Por ter achado a tropilha.

- Dou-te o lume da vela,
A prece prometida. . .
Encontrem minha alma
Que anda perdida.

A escuridão da noite ainda me traz
Espíritos que vagam sem ter paz,
Aquerenciando o temor de encontrar
Lá fora o fogo insensato do Boitatá.

São índios e padres,
São negros, mulheres, soldados
Que adentram o rancho
E mateiam, proseando ao meu lado . . .
Guiam-se pela prece
Aos braços abertos na cruz,
Enquanto a vela aquece
Os sonhos que povoam esse rancho de luz.

Indago as Cristo
Na parede,
Se pode o mate
Aumentar a sede.
Na chama da vela que se desfigura
Vejo o campo e, nele, ecos de loucura,
Faíscas de adagas, a morte estampada. . .
Tempo das batalhas, de morrer por nada . . .

Murmúrios engasgados
Em pecado e dor
Clamam ao meu lado
A mão do redentor,
"Roque" na fogueira, sem o coração
Toma minha prece como extrema-unção,
O aço de "Latorre" vem pedir perdão
Da fúria da "Criolla", do sangue nas mãos.

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