Matei cinco na semana que passô
bote fé que eu fui obrigado seu dotô
os cuzão quisero me tirar la do metrô
chamaru eu de xexelento, e conheceru o terrô

vc sabe que eu tomo banho quase todo dia
passo água no suvacu, lavo sempre a viría
mas tem vez que não tem jeito, saio sem ensaboá
quando os hómi chuta a porta, tenho logo que vazá

meu carango não é meu, quando os tira cerca a vila
pulo pela janela do quarto, corro pelas quebra
saio de pinote, cos pipoco dos canhão
meu cabrito fica preso, logo pego o busão

o busão ta sempre cheio, vo andando la no meio
todo mundo fica puto, começa a se afastá
eu até que compreendo, meu suvaco não é fraco
mas não da pra segurá quando começam a zoar

"aí o sr. pega um porrete e arrebenta a cara das pessoas?"

não sinhô, eu não ando de porrete
minhas mão são arma branca, são treinada pa matá
eu cresci comendo bife com feijão e rabanete
tomo leite, os meus osso agora bota pra quebra

quando bato nos cuzão, eles vira os pescoção
cai no chão de oio aberto e começa a babá
se contorce, da gemido e para de respirá
quando vejo ja ta morto, não consigo evitá

foru 5 essa semana, mais de 30 no otro mês
quando tomo umas cachaça, mato 20 de uma vez
suadera do caraio, faz o povo comentá
"mas que mano catinguento, fede mais que um gambá"

to ligado, meu suvaco não é fraco
quando entro num velório, faz o morto se virá
os cachorro late, rosna, meto bica bem no cu
se forgaru, se fuderu, vão latí pra satanas

"infelizmente, Sr Samuel, não posso defendê-lo perante essa versão dos fatos"
"O Sr. admitiu que roubou carros, matou pessoas por motivo futil, cometeu maus tratos contra animais e fugiu da policia."

falei, ta falado!

"como seu advogado, posso apenas sugerir que invente alguma outra estória quando for à juri popular"

falou ta falado!

Composição: