Je T'écris
Gregory Lemarchal
Eu Te Escrevo
Je T'écris
Eu te escrevo das calçadas de nossas cidades enfeitadas pro Natal
Je t'écris des trottoirs de nos villes habillées en Noël,
De uma noite qualquer de inverno com sabores agridoces
de quelques nuits d'hiver aux saveurs douces-amères
Eu te escrevo sobre as noites iluminadas,
Je t'écris de ces soirs de lumières,
Sobre os olhos maravilhados de uma garotinha
des yeux émerveillés de cette petite fille
Ao pé de uma grande árvore na Quinta Avenida.
au pied d'un grand sapin sur la cinquième avenue
Eu te escrevo sobre uma despedida, sobre uma mala perdida,
Je t'écris d'un départ, d'une valise oubliée
Eu te escrevo de um lago branco onde um casal patina.
Je t'écris d'un lac blanc où ce couple patine
Eu te escrevo de um deserto onde um barco naufragado lembra o mar,
Je t'écris d'un désert où l'épave d'un bateau se souvient de la mer,
Eu te escrevo de uma terra onde as casas desabaram.
je t'écris d'une terre où des maisons s'écroulent
Eu te escrevo de Veneza, onde os amantes despertam ao som da antigas torres
Je t'écris de Venise, où les amants s'éveillent au son de vieux clochers
Talvez neve ainda esse ano.
Il y neigera peut-être encore cette année
Eu te escrevo da costa de Gibraltar procurando pelo Tanger.
Je t'écris de la mer, au large de Gibraltar le regard vers Tanger
Eu te escrevo da África, onde as pessoas morrem aos milhares.
Je t'écris de l'Afrique où l'on meurt par milliers
Dos quatro cantos da terra, eu te escrevo das trincheiras de guerras abandonadas.
Des quatre coins de la terre, je t'écris des tranchées de guerres abandonnées
Eu te escrevo sobre um beijo em um banco de Paris
Je t'écris d'un baiser, de ce banc de Paris
Onde dois amantes se abraçam para sempres
où deux amants s'enlacent dans leur éternité
E nada nem ninguém conseguiria impedir.
et que rien ni personne ne pourrait déranger
Eu te escrevo de um café, da asa de uma avião
Je t'écris d'un café, de l'aile d'un avion
Onde nossas lembranças se enlaçam para sempre
où nos mémoires s'enlacent dans ton éternité
E nada nem ninguém conseguiria impedir.
et que rien ni personne ne pourrait m'enlever
Eu te escrevo sobre os céus do quarto mundo
Je t'écris de ces ciels de quart monde
Onde os corpos de crianças desnutridas erguem-se silenciosamente.
où les corps si légers d'enfants trop peu nourris s'élèvent sans faire de bruit
Eu te escrevo da rua onde se dança e canta
Je t'écris de la rue où l'on danse et l'on chante
Eu te escrevo com a caneta de um velho esquecida no quarto.
Je t'écris du plumier d'un vieillard solitaire à la chambre oubliée
Eu te escrevo em nome dos deuses impotentes de quem mata em seus nomes
Je t'écris de la part de ces dieux impuissants aux noms desquels on tue
Eu te escrevo pela mão dos homens que não renunciaram à paz.
Je t'écris de la main de ces hommes de paix qui n'ont pas renoncé
Eu te escrevo do Sena, da Torre Eiffel e seu brilho nas reflexões do passado.
Je t'écris de la Seine, la tour Eiffel y brille dans des reflets passés
Eu te escrevo sobre a lembrança de um beijo por milhares.
Je t'écris du souvenir d'un baiser par milliers
Dos quatro cantos da terra, eu viajarei pelo mundo, de um dia comum
Des quatre coins de la terre, je ferai le tour du monde, d'un jour très ordinaire
Eu te escreverei sobre o sonho de ter você que tanto amei.
Je t'écris de ce rêve de t'avoir tant aimé
Eu te escrevo deslumbrado pela humanidade.
Je t'écris ébloui par tant d'humanité
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