Saudade

Saudade

Saudade

O que espero do tempo em que a vida me mata?
¿Qué espero del tiempo cuando la vida me mata?
Hoje aconteceu ser presa dessa corda que me amarra
Hoy paso de ser presa de esta cuerda que me ata
Não há mais dramas. Eu era uma garota descontrolada e descontrolada
No más dramas. Fui una niña desconsolada, descontrolada
E eu juro, nunca acreditei em suas fadas
Y te juro, yo jamás creí en tus hadas

Apenas me dê a coragem, que pela força eu não concordo
Solo dame el ánimo, que por fuerza yo no compito
Não repito, não permito que nenhum filho da puta corte meu grito
No repito, no permito que ningún hijo de puta me corte el grito
Porque eu levanto minha voz, para usar minhas pegadas
Porque alzo mi voz, para desgastar mis huellas
Minha geração de snip trabalha para tocar as estrelas
Mi generación esnifa tralla pa' tocar las estrellas

Nai não acredita na sua redenção
Nai no cree en tu redención
Desde que você pergunta, não acredite em suas promessas, suas massas, sua fé ou sua religião
Ya que preguntas, no cree en tus promesas, tus misas, tu fe ni tu religión
E que eles me protejam, porque eu perdi as maneiras
Y que me amparen, porque he perdido los modales
Eu sou mais uma cadela neste pacote de pacientes terminais
Soy una perra más en esta jauría de enfermos terminales

Eu não tenho razão, meu coração sangra e minha alma pesa
Me falta la razón, me sangra el corazón y me pesa alma
Mas essa prostituta não tem medo, não perde a paciência
Pero esta puta no se asusta, no pierde la calma
Cum laude em falhas, como Willy Fog
Cum lauden en defectos, como Willy Fog
Eu viajei em 80 dias sob a influência desta depressão
Viajé en 80 días bajo los efectos de esta depresión

Eu caio sozinho, então eu me levanto sozinho
Sola me caigo, y así sola me levanto
Sou insurgente deste estado escravo e dos espíritas
Soy insurrecta de este estado esclavo y del Espiritusanto
E canto, para assustar meus medos
Y canto, para así espantar mis miedos
Com medo de não te ver mais, de não ouvi-lo, de não tocá-lo com os dedos
Miedo a no verte más, a no escucharte, a no tocarte con los dedos

Lágrimas deslizam acidentalmente pelas minhas bochechas
Lágrimas resbalan ácidas por mis mejillas
Eu lambo minhas feridas, vou morrer de pé diante dos meus joelhos
Yo me lamo mis heridas, moriré de pie antes que de rodillas
Você não verá meu lado fraco: meu mancar mental
No verás mi lado débil: Mi cojera mental
Eu já dei parte de mim e eles quebraram como vidro
Ya regalé parte de mí y la rompieron como el cristal

Seu discurso banal, eu, passo pelo forro
Tu discurso banal, yo, me lo paso por el forro
Você é adepto dessa merda, deixo vestígios que não apago
Sois adeptos a esta mierda, dejo huellas que no borro
Eu brinquei tanto com o fogo que não me queima mais
He jugado tanto con el fuego que ya no me quema
Agora cuspo essa dor na boca em forma de poemas
Ahora escupo este dolor por la boca en forma de poemas

Dor lembrando o mar, a lâmpada azul que fazia lua cheia
Dolor al recordar el mar, la bombilla azul que hacia de Luna llena
Dor quando você sai ou sente sua falta, dor de tristeza
Dolor al irte tú o echarte yo, dolor de pena
Alienado, anestesiado, em algum lugar
Enajenada, anestesiada, en algún lugar
Onde apagar esse sorriso que eu pintei
Donde poder borrar esta sonrisa que tengo pintada

Eu fumo voce Para dizer o que aconteceu
Fumarte yo a caladas. Decir que ya pasó
E cuide desse sentimento precipitado
Y hacerme cargo de esta sensación precipitada
Que eu sou a decadência do poeta
Que soy la decadencia del poeta
Tóxico e insano no caderno, na parede a rachadura
Lo tóxico e insano en la libreta, en la pared la grieta
Realidade absurda sem objetivo
Absurda realidad sin meta
Eu sou a corda que te aperta
Soy la soga que te aprieta