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Dun tempo para sempre

Luar na Lubre

Vese voar
Unha moura soidade
Que vai xurdindo
Baixo o solpor;

Sombras que doan seu alento
Seu alento
E transforman o ar
Nun incerto mencer;

Voces que son
As pegadas dun tempo,
Eco de doces
Acordes de alalás.

Cando atoparemos
Druidas envoltos
Nos fumes das lubres
No bosque de emaín;

E o val enfeitizado
Polas sombras que ainda emerxen
Da última noite,
Noite de luar.

Soños galopando
Xa rachan co silencio
E o vento asubía
Acordes de alalás.

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Composição: A. Espinosa / D. Cerqueiro. Essa informação está errada? Nos avise.

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