Um Índio
Luiz Gabriel Lopes
Flutuarão num tapete d'água
E verão
Veios nas casas esquinas que não se perderam sob a civilização
Há vastidão: Corre inteiro um mapa no chão
De outro planeta vem um avião
Feito águia em voo de observação
A tinta escura dos olhos da noite
Monotônica monotonia
A Lua cheia desaguando forte
A voz do mato antecipa o dia
Traz pra beira devagar
Um irmão que dirá primitivamente tudo
O que é bom permanecerá
Gratidão que virá, custe o que custar pro homem
O que é bom permanecerá
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