Procissão
Marco Vilane
Faze como entenderes
Não sou dono dos teus quereres
E já não te quero o mesmo tanto
Amanhã não chega, hoje eu não me apreço
Peço paciência, peço pra ciência
Que não me transporte agora
Peço pra ciência, peço paciência
Aqui em mim você demora
Eu sou aquela cara que ainda te enruga o couro
A velha fita do Bomfim no braço
Meus pedidos embaraço nela
Ascendo a minha vela
E a saudade é sempre a ladainha
Eu sou aquela cara que ainda te enruga o couro
Nem Marília nem Dirceu
Nem Joana nem Jasão
Sigo a tua procissão
Mas não me ajoelho aos teus pés
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