Setimo Dia
Marquinho Guerra
Hoje é a missa de sétimo dia
Do meu coração que se foi foi
Foi enterrado como um indigente
Nem você presente
Pra acender uma vela
Pro coitado que te amou
Que mancada grande
Foi tirar você daquele mané
Te dando casa, roupa lavada
Comida na boca, conta recheada
E um anel
Grinaldas e véu
Eu abandonei tudo
Piseiro, forfé, gandaia e furdunço
Me tornei um homem fiel
Fui enganado, humilhado
Zuado, varrido e usado
Quis te dar o céu
Me negou seu mel
Meu coração revoltado
Pegou uma corda e se enforcou
Foi encontrado parado
Jogado no congelador
Não sente mais amor
Nem batimento
Já faz uma semana
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