Florzita
Matheus Leal
Nasce sempre junto ao pasto
Dando vida ao campo aberto
Florzita nativa da terra
Que tem seu destino incerto
Por vezes na boca d'um pingo,
Ou talvez da gadaria
É da mesma safra da geada
(Silhueta clara da invernia)
Brota de um jeito terno
Florzita das sesmarias,
Passa frio na madrugada
Mas brilha com a luz do dia
Nasce por perto de aguadas
Com suas pétalas amarelas
Faz parte das invernadas
Deixando as tardes mais belas
Eternizo florzita nesses versos
Tua beleza sem igual
E regalo pra outra flor
Num melodioso ritual
E ao recordar essas flores
Sinto não estar sozinho
Uma é dona da mirada
E a outra dos meus carinhos
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