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Na Terna Brandura do Cárcere (o Último Avo de Um Amor Extinto)

Michel F.M.

Em qual formato desconexo
Depositamos desta vez
Encharcadas expectativas?

Quão afastados de nós mesmos
Pudemos chegar, sem ferimentos
Graves ou pesares terminais?

Vislumbres precisamente balizados
Experimentos da farta engrenagem
Tudo estaria certo, exceto por nossa
Irrecuperável disposição à auto sabotagem

Falências agendadas
Com antecedência
Decompostos em
Nossa compostura célebre

Resta-nos septos pútridos
Hábitos promíscuos
E a terna brandura do cárcere

Arrepios raivosos percorrem
Cada processo das vértebras
Pálpebras aplaudem frenéticas
Cãibras confirmam o torpor faminto

Esquadrinhando o dorso
Que outrora partilhamos
Teu ventre aquece em expansão
O último avo de um amor extinto

Pálpebras aplaudem frenéticas
Cãibras confirmam o rubor retinto
Teu ventre aquece em profusão
O último avo de um amor extinto

Na Terna Brandura do Cárcere
O Último Avo de um Amor Extinto

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