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Ferro a Ferro (part. Teixeirinha)

Nalva Aguiar

Nos lugares que eu passei
Sempre mostrei qualidade
Pra cantar de improviso
Não tenho dificuldade
Um trovador que nem eu
Não passa necessidade
Na rima, faço proeza
Deus que me deu, por defesa
Toda essa mentalidade

Toda essa mentalidade
Meu amigo, Teixeirinha
Me falaram em tua fama
E eu prometi que vinha
Eu também vivo da rima
Desde quando menininha
Vem depressa, não me embroma
Hoje eu rasgo o teu diploma
E fico cantando sozinha

Ficas cantando sozinha
Moça, não é bem assim
Para vencer trovador
Foi para o mundo que eu vim
Em centenas de barbados
Cantando, eu já dei o fim
Venha de onde vier
Me mato, se uma mulher
Cruzar por cima de mim

Cruzar por cima de ti
O teu papo eu já conheço
Te ouvi cantar com alguém
Tu venceste, eu reconheço
Mas, com a Nalva Aguiar
Nem que te vire do avesso
Juro, sem olhar pra cima
Para me vencer na rima
Este macho eu não conheço

Este macho não conheces
Tens em tua frente um macho
Mamei até quatro anos
E não fui criado guacho
Castro o pé, na bananeira
E ela não dá mais cacho
Alma nenhuma se salva
Se eu perder para a Nalva
Não vai chover mais pra baixo

Não vai chover mais pra baixo
Agora, a Nalva te corta
Vai ter que chover pra baixo
Pra molhar a minha horta
Se não te boto a correr
Faço tu errar a porta
E fazer o vento leste
Trazer chuva pro nordeste
Tu te endireita ou te entorta

Eu me endireito ou me entorto
Nalva, tu não me ofende
Eu posso ficar nervoso
E aí tu te arrepende
Cantora da tua espécie
Ninguém compra, ninguém vende
Mas querendo ser cordial
Vou te dizer a final
De trova, tu não entende

De trova, eu não entendo
Teixeirinha, eu não sou burra
Vou embarcar no meu carro
Se não pegar, tu empurra
Tu vai saber que salame
Não é banana caturra
Ainda digo para ti
Hoje eu só saio daqui
Depois de dar-te uma surra

Depois de dar-me uma surra
É o teu grande desejo
Pra bater no Teixeirinha
Tu tens que comer mais queijo
Mas menina, eu te proponho
Pela maneira que eu vejo
Eu deixo tu me abraçar
Me bater e me surrar
Só se a surra for de beijo

Só se a surra for de beijo
Tu é um gaúcho redondo
Estás querendo meu beijo
Não vou te beijar e zombo
Mas vou responder melhor
Não vou ficar me opondo
O povo vai gargalhar
Eu quero ver tu beijar
No ferrão de um marimbondo

No ferrão de um marimbondo
Vou ter que quebrar a telha
Teu verso foi muito lindo
De franzir a sobrancelha
Vou te fazer uma proposta
Pra coisa ficar parelha
Primeiro, tu com carinho
Vai ter que dar um beijinho
No ferrão de uma abelha

No ferrão de uma abelha
Nem quero provar o gosto
Pra beijar o marimbondo
Tu também não estás disposto
Pode ser no mês de julho
Ou então no mês de agosto
Aí, meu Deus, que coisa louca
Prefiro beijar a boca
Que tens grudada no rosto

Que está grudada em meu rosto
Chegaste aonde eu queria
Os beijos da tua boca
Quero duzentos por dia
Já estou me derretendo
Que pareço melancia
Só o que eu receio agora
Se o teu pai chegar na hora
Credo em cruz, Ave Maria

Credo em cruz, Ave Maria
Sei que o velho não é flor
Se puxar o trinta e oito
Aí vai ser um horror
Vamos ter que rezar muito
Pra Cristo, Nosso Senhor
Se o divino sacramento
Fizer nosso casamento
O pai aceita este amor

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