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Paraíso Deserto

Os Dois Mineiros

Na fazenda onde eu nasci
Não tinha vizinho perto
Um recanto montanhoso
Desolado e deserto

O povoado mais perto
Era longe a reveria
Naquele ermo distante
O toque de um berrante
Era só o que se ouvia

Parecia o fim do mundo
Aonde a gente morava
Era o maior sufoco
Quando as feras atacavam

Entre montanhas e serras
O perigo era constante
Meu pai era boiadeiro
Naquele sertão mineiro
Repicava o seu berrante

Cresci correndo nos pastos
Aprendi lidar com gado
Meu velho pai me ensinava
Com carinho e com cuidado

Quando o velho faleceu
Eu parti pra bem distante
Hoje moro na cidade
Quase morro de saudade
Quando escuto um berrante

Um barraco inacabado
Hoje é minha moradia
Como escolta o céu aberto
E um rabicho de energia

O que aprendi na roça
Por aqui não vale nada
Aqui não se tem sossego
Nem tão pouco o emprego
De tocar boi na invernada

Eu vivo sempre pensando
Naquele nosso lugar
O paraíso deserto
Que sempre me faz sonhar

Eu ainda vou dar fim
Nesta saudade malvada
Se Deus quiser algum dia
Volto a velha moradia
Retorno a vida de gado

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