Não me culpe por coisas passadas
Não reabra essas velhas feridas
Porque nas cicatrizes fechadas
Existem guardadas dezenas de vidas

Não condene essas fases erradas
E não lembre as antigas fraquezas
Que das recordações apagadas
As mais atiçadas são de novo acesas

Não me queira mudar as passadas
Não procure afastar-me das ruas
Porque na confusão das calçadas
Existem ciladas maiores que as tuas

Não receie por causas deixadas
Não se iluda com o seu pesadelo
Porque a vida no fim das estradas
Começa as meadas de um novo novelo

Composição: Paulo César Pinheiro / Sueli Costa