Bandera Negra

Mi única virtud y defecto es ser imperfecta
Mi lengua acuchillo doble filo en tu oreja
En esta vida y en la anterior soy guerrillera
Me matan pero vuelvo a aparecer en esta tierra
Vine a vengar con palabras a todos los muertos
Prefiero cantar una canción en los entierros
Vine a manchar tu pared con mi grito de esperanza
Calladas gargantas yo cortaré de una tajada

Yo peleo con el poder que coloniza mentes
No escupo balas sino palabras irreverentes
Santas son las sustancias que me mantienen despierta
Santas las plantas que el espíritu me alimentan
Mi rap no es femenino sólo feminista
No busco el poder porque yo soy una anarquista

No quiero dominarte soy una artista
Te embrujan mis palabras porque soy espiritista
La magia de la música la traigo en las venas
Mi pecho un tambor mi pulso una canción sin pena
Las alas de mi mente me llevan a donde quiera
Soy luz y oscuridad, pero mi bandera es negra
Mi bandera es negra

Mi rap no es bueno porque sea femenino
No le pongan a mi arte esos malditos prejuicios
En tarima con tacones no es porque sea culito
Me gusta verme guapa cuando canto en el micro
Para ser ruda no preciso más testosterona
Peligro que mi estrógeno anda machucando bolas
Tengo millones de huevos en cada ovario
No me hace más mujer ni a vos te hace menos macho

Mi rap no es femenino sólo feminista
No busco el poder porque yo soy una anarquista
No quiero dominarte soy una artista
Te embrujan mis palabras porque soy espiritista
La magia de la música la traigo en las venas
Mi pecho un tambor mi pulso una canción sin pena
Las alas de mi mente me llevan a donde quiera
Soy luz y oscuridad pero mi bandera es negra

No quiero tu respeto nada más por traer falda
No me insultes porque nunca he sido una dama
Reconoce una poeta cuando la escuches
No me juzguen nada más por mi bonito estuche
Mi rap no es femenino, sólo feminista
No busco el poder porque yo soy una anarquista

No quiero dominarte, soy una artista
Te embrujan mis palabras porque soy espiritista
La magia de la música la traigo en las venas
Mi pecho un tambor mi pulso una canción sin pena
Las alas de mi mente me llevan a donde quiera
Soy luz y oscuridad, pero mi bandera es negra

Bandeira Preta

Minha única virtude e defeito é ser imperfeita
Minha língua é faca de dois gumes no seu ouvido
Nesta vida e na anterior sou guerrilha
Matam-me, mas volto a nascer nesta terra
Venho para vingar com palavras todos os mortos
Prefiro cantar uma música em enterros
Vim para manchar sua parede com meu grito de esperança
Gargantas silenciosas eu corto de uma fatia

Eu luto com o poder que coloniza mentes
Não cuspo balas e sim palavras irreverentes
Santas são as substâncias que me mantêm desperta
Santas são as plantas que o meu espírito alimentam
Meu rap não é feminino, só feminista
Não busco o poder, porque eu sou um anarquista

Eu não quero te dominar, eu sou um artista
Te assombram minhas palavras porque eu sou espiritualista
A magia da música eu trago nas veias
Meu peito um tambor, meu pulso uma canção sem pena
As asas da minha mente me levam aonde quero
Sou luz e escuridão, mas a minha bandeira é preta
Minha bandeira é preta

Meu rap não é bom porque é feminino
Não coloque na minha arte seus malditos preconceitos
No palco de salto não é porque seja estúpida
Eu gosto de me ver bonita quando eu canto no microfone
Para ser rude não preciso de mais testosterona
Periga que meu estrogênio esteja machucando bolas
Tenho milhões de ovos em cada ovário
Não me faz mais mulher nem te faz menos macho

Meu rap não é feminino, só feminista
Não busco o poder, porque eu sou um anarquista
Eu não quero te dominar, eu sou um artista
Te assombram minhas palavras porque eu sou espiritualista
A magia da música eu trago nas veias
Meu peito um tambor, meu pulso uma canção sem pena
As asas da minha mente me levam aonde quero
Sou luz e escuridão, mas a minha bandeira é preta

Não quero o seu respeito nada mais por trazer saia
Não me insulte porque nunca fui uma dama
Reconhece uma poeta quando a ouve
Não me julgue nada mais pelo meu estojo bonito
Meu rap não é feminino, só feminista
Não busco o poder, porque eu sou um anarquista

Eu não quero te dominar, eu sou um artista
Te assombram minhas palavras porque eu sou espiritualista
A magia da música eu trago nas veias
Meu peito um tambor, meu pulso uma canção sem pena
As asas da minha mente me levam aonde quero
Sou luz e escuridão, mas a minha bandeira é preta

Composição: