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Poeta sambador

Siba e Fuloresta

Eu canto imitando o galo
Que canta chamando o sol
Canto imitando o abalo
Que o peixe sente do anzol
Eu canto imitando o tombo
Da mão que bate no bombo
E da pancada faz calor
O meu azougue é azedo
E por isso eu digo sem medo
Sou poeta sambador

Com a bengala na mão
Eu também sei rir à toa
Fazendo a imitação
Da canção que o mundo entoa
E com meu corte de apito
Pra quem me escuta eu imito
Um passarinho cantador
Que me escutando se inspira
E canta imitando a lira
Do poeta sambador

A voz, por não ser macia
Prefiro chamar de grito
Mas canto imitando o dia
Por isso eu acho bonito
Quando a rima se parece
Com o rebater d'uma prece
Na boca de um rezador
Que reza imitando deus
Eu canto imitando os meus
E sou poeta sambador

Eu imito a carrapeta
D\'um caboclo em corrupio
Imito mané baêta
Com seu balançar macio
E assim meu verso arremeda
A chegada, o pulo, a queda
Do mateus guerreador
Que na amanhescência do dia
Dança imitando a poesia
Do poeta sambador

Eu canto como quem sofre
Da embriaguez da pinga,
Mas só canto abrindo um cofre
Onde o pé guardou a ginga
E por cantar para quem dança
Meu corpo também balança
Como arranque de motor
Que é como o trovão da serra
Que imita o grito de guerra
Do poeta sambador

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