Copo de Veneno
Silveira e Silveirinha
Numa noite tão fria e escura eu te encontrei
Vendo em teu rosto a tristeza pra ti eu falei
Voltes mulher que a casa ainda e tua
Deixo o cassino e a bebida e o nome da rua
Todas noites que passa vejo entre as vidraças teus dedos tremendo
De pegar o copo tão cheio de whisky que vai enchendo
Com os ricaços na mesa dentro cassino
Ela vai cumprindo o que esta merecendo
Ela chorando implorando comigo abraçou
Vi em teu rosto o rujo batom que já descorou
Dos lábios brancos e o rosto descorado
Lembrei do passado trouce rancor
Ela chorando e implorando junto aos meus pés
Mas eu não queria mais perdoar aquela mulher
Por ver no teu rosto a marca assassina
Vi que era ladina assim como outra qualquer
O peito sentido e doendo ela eu deixei
Sem dizer a ela mais nada pra casa eu voltei
Rasguei nosso retrato em cima da mesa
E abracei os meus filhinhos que e minha riqueza
Chores mulher na bebida que vais bebendo
De pouco a pouco chorando ela vai morrendo
A ferida em seu peito marcou teu destino
Bebendo e sorrindo um copo de veneno
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