Cordeiro de Nana
Thalma de Freitas
Fui chamado de cordeiro, mas não sou cordeiro não
Preferi ficar calado que falar e levar não
O meu silêncio é uma singela oração a minha santa de fé
Meu cantar vibram as forças que sustentam meu viver
Meu cantar é um apelo que eu faço a Nanã Ê
Sou de Nanã Ewá, Ewá Ewá Ê
Sou de Nanã Ewá, Ewá Ewá Ê
Sou de Nanã Ewá, Ewá Ewá Ê
O que peço no momento é silêncio e atenção
Quero contar sofrimento que passamos sem razão
O meu lamento se criou na escravidão, que forçado passei
Eu chorei, sofri as duras dores da humilhação
Mas ganhei, pois eu trazia Nanã Ê no coração
Sou de Nanã Ewá, Ewá Ewá Ê
Sou de Nanã Ewá, Ewá Ewá Ê
Sou de Nanã Ewá, Ewá Ewá Ê
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