O ego que se pesa na balança
O preço que se paga por falar
E o que se pensa
E a poesia ninguém mais sabe o que é
Tudo que se vende é mais importante
E ninguém se lembra o que foi dito antes
Pelos poetas mortos e esquecidos
Agora tudo é negócio
Tudo!
E onde é que tá o Rock
Que transformaram
Numa imensa divisão de Rótulos
Pessoas preocupadas
Com a imagem
Com a imagem do outro lado
Você me diz que nada muda
E o que você faz pra mudar?
Se continua aí parado
Parado parado parado
Me escondo nas paredes do quarto
Não falo sobre nada nada
Reprises banais
Meus dias nunca são iguais
Assisto a cena da novela cotidiana
Abri-se as cortinas de um teatro mudo
Buscando a boemia de um cinema
Eu sou a cera da vela
Que aquece o meu mundo
Eu
Eu sou a ilha, ah, ah
No meio do nada
No meio de tudo
Eu
Eu sou a ilha, ah, ah
Que não desistiu
Que sempre existiu
Sempre sempre sempre existiu
Eu
Eu sou a ilha, ah, ah
(Sempre existiu)
Os moralistas estão encomodados com o meu cabelo grande
Eu
Eu sou a ilha, ah, ah
Eu
Eu sou a ilha, ah, ah