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Milonga Pros Meus Arreios

Vitor Amorim

Tem gente que sente pena
Dos meus arreio surrado
Da cincha mal acabada
Do pelegão costurado
Das minhas rédeas desparelhas
Que espichô golpeando potro
Dos meus estrivo de ferro
Um diferente do outro

Do buçal forte e antigo
De quatro tentos trançado
Com a argola enferrujada
E o cabresto remalhado
Da cabeçada de sapo
Um par de vez remendada
Que pra esconder as costura
Carrego bem engraxada!

Poucos sabem do apreço
Que tenho pelo o que é meu
Quero bem cada costura
Que no couro se prendeu
Cada rangido insistente
De basteiras ressequidas
Cada tento desparelho
Sabe um pouco da minha vida

Por isso quando te vejo
Encilhando um redomão
Percebo em ti a beleza
Que vai além da visão
Não sou dos que sujo garras
Pra promover o meu viço
Apenas sovo na lida
Quando me apura o serviço

Eu mesmo não sinto pena
Tampouco tenho por feio
São cicatrizes de lida
Que chamo de meus arreio
E embora pouco bonito
Tenho honra de canta-los
Pois mesmo assim tão judiado
Nunca pisou um cavalo!

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Composição: Rafael Ferreira e Felipe Corso / Vitor Amorim. Essa informação está errada? Nos avise.

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