Se nem tudo contigo são alegrias serenas
Se me dás tanta hora amargurada
Se padeço e te digo, em certos dias
Que me quero ir embora, por fim cansada

Se me dói o ciúme, se me põe louca de penas
Se anda tanto queixume na minha boca
Meu amor, minha vida, são queixas somente
De alguém que sente e anda sentida
O que digo não faço, o amor continua
Sem ti, não passo; amor, sou tua

Se me queixo que voltas tardiamente, magoada
Se choro mal pressinto que a outra fala
Se andam em mim revoltas, e de repente
Grito ódios que sinto e tu não calas

Se medito vinganças, penso em torturas, zangada
Se, tal como as crianças, digo loucuras
Meu amor, minha vida, são queixas somente
De alguém que sente e anda sentida
O que digo não faço, o amor continua
Sem ti, não passo; amor sou tua

Se me dói o ciúme, se me põe louca de penas
Se anda tanto queixume na minha boca
Meu amor, minha vida, são queixas somente
De alguém que sente e anda sentida
O que digo não faço, o amor continua
Sem ti, não passo; amor sou tua

Composição: Frederico Valerio / Guilherme Pereira Da Rosa