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Ana Guerra
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Eu acho que o piscarYo adivino el parpadeo
Das luzes tão distantesDe las luces que a lo lejos
Eles marcam meu retornoVan marcando mi retorno
Eles são os mesmos que acenderamSon las mismas que alumbraron
Com seus reflexos pálidosCon sus pálidos reflejos
Horas profundas de dorHondas horas de dolor
E embora eu não quisesse voltarY aunque no quise el regreso
Sempre recorra ao primeiro amorSiempre se vuelve al primer amor
A rua velha onde o eco diziaLa vieja calle donde el eco dijo
A sua é a vida dele, a sua é a vontade deleTuya es su vida, tuyo es su querer
Sob o olhar zombador das estrelasBajo el burlón mirar de las estrellas
Que com indiferença hoje eles me vêem voltandoQue con indiferencia hoy me ven volver
De volta com a testa murchaVolver con la frente marchita
As neves do tempo banhavam meu temploLas nieves del tiempo platearon mi sien
Sinta que a vida é uma respiraçãoSentir que es un soplo la vida
Que vinte anos não são nadaQue veinte años no es nada
Como febril o olhar, vagando nas sombrasQue febril la mirada, errante en las sombras
Ele procura por você e nomeia vocêTe busca y te nombra
Viver com a alma apegadaVivir con el alma aferrada
Para uma doce memóriaA un dulce recuerdo
Eu choro de novoQue lloro otra vez
Eu tenho medo do encontroTengo miedo del encuentro
Com o passado que voltaCon el pasado que vuelve
Para enfrentar minha vidaA enfrentarse con mi vida
Eu tenho medo das noitesTengo miedo de las noches
Que povoado de memóriasQue pobladas de recuerdos
Acorrente meu sonhoEncadenan mi soñar
Mas o viajante que fogePero el viajero que huye
Mais cedo ou mais tarde ele para de andarTarde o temprano detiene su andar
E apesar do esquecimento, que tudo destróiY aunque el olvido, que todo destruye
Eu matei minha velha ilusãoHaya matado mi vieja ilusión
Eu mantenho uma humilde esperança escondidaGuardo escondida una esperanza humilde
Qual é toda a fortuna do meu coraçãoQue es toda la fortuna de mi corazón
De volta com a testa murchaVolver con la frente marchita
As neves do tempo banhavam meu temploLas nieves del tiempo platearon mi sien
Sinta que a vida é uma respiraçãoSentir que es un soplo la vida
Que vinte anos não são nadaQue veinte años no es nada
Como febril o olhar, vagando na sombraQue febril la mirada, errante en la sombra
Ele procura por você e nomeia vocêTe busca y te nombra
Viver com a alma apegadaVivir con el alma aferrada
Para uma doce memóriaA un dulce recuerdo
Que eu choro de novoQue hoy lloro otra vez
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