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Letra

    Vejo do cais mil janelas
    Da minha velha Lisboa
    Vejo Alfama das vielas
    O Castelo a Madragoa

    Os meus olhos rasos de água
    Deixam por toda a cidade
    Na minha prece de mágoa
    Esta canção de saudade

    Quando eu partir, reza por mim Lisboa
    Que eu vou sentir, Lisboa, penas sem fim, Lisboa
    Saudade atroz que o coração magoa
    A minha voz entoa feita canção, Lisboa
    E se ao voltar me vires chorar, perdoa
    Que eu abra a porta à tristeza para depois rir à toa
    Tenho a certeza que ao ver as ruas tal qual hoje eu vejo
    Esse teu ar de rainha do Tejo
    Hei-de beijar-te, Lisboa

    Hei-de beijar com ternura
    As tuas sete colinas
    E vou andar à procura
    De mim, nas tuas esquinas

    E tu Lisboa, hás-de vir
    Aqui ao cais como agora
    P'ra eu te dizer a rir
    O que hoje minh'alma chora

    Composição: Artur Ribeiro e Ferrer Trindade. Essa informação está errada? Nos avise.

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