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A Massa

Banda Mel

Letra

    A dor da gente
    É dor de menino acanhado
    Menino bezerro, pisado
    No curral do mundo a penar

    Que salta aos olhos
    Igual a um gemido calado
    A sombra do mal-assombrado
    E a dor de não poder chorar

    A dor da gente
    É dor de menino acanhado
    Menino bezerro, pisado
    No curral do mundo a penar

    Que salta aos olhos
    Igual a um gemido calado
    A sombra do mal-assombrado
    E a dor de não poder chorar

    Moinha de homens
    Que nem jerimuns amassados
    Mansos, meninos, domados
    Massa de medos iguais

    Amassando a massa
    A mão que amassa a comida
    Esculpi, modela e castiga
    A massa dos homens normais

    Quando eu lembro da massa
    Da mandioca, mãe da massa
    Quando eu lembro da massa
    Da mandioca, mãe da massa

    Quando eu lembro da massa
    Da mandioca, mãe da massa
    Quando eu lembro da massa
    Da mandioca, mãe da massa

    A dor da gente
    É dor de menino acanhado
    Menino bezerro, pisado
    No curral do mundo a penar

    Que salta aos olhos
    Igual a um gemido calado
    A sombra do mal assombrado
    E a dor de não poder chorar

    Moinha de homens
    Que nem jerimuns amassados
    Mansos, meninos, domados
    Massa de medos iguais

    Amassando a massa
    A mão que amassa a comida
    Esculpi, modela e castiga
    A massa dos homens normais

    Quando eu lembro da massa
    Da mandioca, mãe da massa
    Quando eu lembro da massa
    Da mandioca, mãe da massa

    Quando eu lembro da massa
    Da mandioca, mãe da massa
    Quando eu lembro da massa
    Da mandioca, mãe da massa

    Nunca mais mim fizeram aquela presença mãe da massa
    Da massa que toca mandioca mãe da massa
    A massa comia e passa fome mãe da massa
    A massa que toca mandioca mãe da massa

    Lelé, meu amor, lelé
    Lelé, meu amor, lelé

    No cabo da minha enxada
    Não conheço Coroné
    No cabo da minha enxada
    Não conheço Coroné

    Eu quero, mas não quero, camará
    Mulé minha na função, camará
    Vai tá livre de um abraço, camará
    Mas não tá de um beliscão

    Torna a repetir meu amor, ai, ai, ai
    Torna a repetir meu amor, ai, ai, ai

    É que o guarda civil não quer
    A roupa no quarador
    É que o guarda civil não quer
    A roupa no quarador

    Meu Deus, onde vai
    Parar essa massa
    Meu Deus, onde vai
    Parar essa massa

    Composição: Jorge Portugal / Raimundo Sodré. Essa informação está errada? Nos avise.

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