24 de Agosto de 2020, às 19:00
A cada trabalho inédito de uma banda, os fãs podem entrar em contato com uma experiência diferente: novas sonoridades, letras, misturas de estilos… É isso que move a música!
No caso dos álbuns conceituais, essa experiência se torna mais ampliada, pois todas as músicas são criadas a partir de um mesmo tema. É como se o artista desenvolvesse um disco para explorar uma ideia, permitindo assim uma imersão mais completa.
Esta é a ideia por trás desses trabalhos conceituais, que ganharam notoriedade depois do lançamento de Sgt.Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.
Depois, bandas como Pink Floyd, Mutantes, The Who e Rush, aproveitaram para criar álbuns desse estilo que entraram para a história.
Quer conhecer alguns desses trabalhos incríveis? Vem com a gente!
Confere essa lista que só tem álbum incrível:
Lançado em 2004, American Idiot é considerada uma ópera punk rock, sendo o sétimo trabalho de estúdio do Green Day. O conceito por trás do álbum é retratar a história de três personagens.
Jesus of Suburbia e St. Jimmy, que são a mesma pessoa em momentos diferentes da vida, e Whatsername, uma bela garota misteriosa e sedutora da cidade grande.
O enredo de American Idiot explora a insatisfação da geração de jovens americanos, desiludidos e rebeldes, após o período turbulento da Guerra do Iraque.
Tanto que a capa do álbum mostra uma granada pintada de vermelho, representando um coração. O Green Day recuperou a sua representatividade, que andava meio apagada, com o lançamento do álbum, que vendeu 16 milhões de cópias no mundo todo.
O Pink Floyd é uma das bandas mais lembradas quando o assunto é álbum conceitual. Um dos mais representativos é The Dark Side Of The Moon, disco lançado em 1973, porém, ainda atual nos dias de hoje por conta dos temas.
Considerado uma obra prima do Pink Floyd, o álbum traz letras inspiradas na saída de Syd Barrett, assim como reflete sobre temas como ganância, amadurecimento e conflitos da mente.
As faixas funcionam como uma trilha sonora contínua e o disco marcou uma nova fase do Pink Floyd.
As vendas de Dark Side of The Moon foram impressionantes, mais de 45 milhões de cópias, fazendo a gravadora construir fábricas exclusivas para imprimir o disco. Foram mais de 14 anos nas paradas de sucesso dos Estados Unidos.
O ano era 1968 quando o álbum que reunia o conceito do movimento tropicalista, desde a capa até os artistas, foi lançado.
O disco Tropicália ou Panis et Circencis foi um marco na história da música brasileira, reunindo artistas importantes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Nara Leão, Tom Zé e Os Mutantes.
O conceito do álbum era apresentar o universo do movimento, dialogando com diferentes vertentes, como artes plásticas, música, poesia. A capa do disco foi feita pelo artista Rubens Gerchman e as faixas soam como se fossem uma coisa só, mesmo estando separadas.
A antropofagia dos anos 20 serviu como inspiração para o Tropicalismo, que tinha como pretensão criar uma identidade cultural brasileira, através das misturas vindas de outros países e artistas.
A partir do lançamento de Tropicália ou Panis et Circencis, o disco se tornou uma referência para as gerações de músicos que vieram depois.
Outro álbum conceitual importante para a história da música é Tommy, do The Who, lançado em 1969.
O conceito do álbum está na história do garoto cego, surdo e mudo, Tommy Walker, que passa a ter essa condição depois de ver seu pai sendo morto pelo amante da mãe. Pesado, né?
Tommy, quarto álbum da banda inglesa, apresenta o que se sucede na vida do garoto depois do acontecimento, que vira mestre em jogo de pinball e é encarado como sendo um novo Messias.
Ele continua sofrendo abusos de outros familiares, e se fecha em seu mundo de fantasias. Em 1975, o disco foi adaptado para o cinema pelo diretor Ken Russell.
Mais um importante álbum conceitual do Pink Floyd, The Wall foi lançado em 1979 e trata-se de um disco duplo que conta a história do personagem Pink.
Na discografia da banda, é o 11° álbum lançado, e traz em suas letras o isolamento, angústias e abandono.
É uma ópera rock inspirada na vida de Pink, porém, com forte influência das experiências pessoais de Roger Waters, que aproveitou para fazer uma crítica também ao sistema de ensino da Inglaterra.
Na história, o pai do personagem Pink é morto na Segunda Guerra Mundial e o garoto precisa conviver com uma mãe superprotetora e que o oprime.
O muro, representado no álbum, é uma metáfora que a banda encontrou para que o personagem fosse construindo barreiras até chegar ao isolamento.
O disco foi adaptado para o cinema, mostrando Pink e seus delírios dentro de um quarto de hotel.
Álbum conceitual que traz como tema a lenda do sétimo filho do sétimo filho, um conceito folclórico permeado por mistério e fantasia.
Seventh Son Of a Seventh Son foi lançado em 1988 e é o sétimo disco do Iron Maiden.
O personagem tem poderes sobrenaturais e foi enviado à terra para representar o bem ou o mal. Temas como reencarnação, profecias, ocultismo e misticismo permeiam o disco.
Foi o segundo disco do Iron Maiden a chegar ao topo das paradas musicais da Inglaterra, recebeu críticas positivas em seu lançamento e aparece entre os melhores da banda.
Não é apenas apontado como o primeiro álbum conceitual da história, como também o maior disco de todos os tempos.
Paul McCartney teve a ideia de fazer uma música sobre uma banda militar da era eduardiana. A partir dessa primeira inspiração, surgiria todo o conceito de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.
A inspiração de Paul se ampliou e ele sugeriu que os Beatles fizessem um disco representado por uma espécie de alter ego deles, dando assim a liberdade criativa que desejavam.
O disco, oitavo da discografia dos Beatles, conta com a incrível capa psicodélica, desenhada pelos artistas de pop art Peter Blake e Jann Haworth.
O álbum se tornou um fenômeno na história da música, com um conceito nunca antes visto, reunindo a arte da capa, som, tecnologia de estúdio e composição.
A banda de metal Angra lançou o seu álbum conceitual em 2004. Temple Of Shadows é o quinto álbum de estúdio do grupo.
O conceito por trás do disco está no enredo ficcional do cavaleiro conhecido como The Shadow Hunter, que é convocado para lutar na Cruzada de 1096.
Ao ir para a luta, o personagem passa a refletir sobre a guerra santa e os ideais da igreja.
O disco conta com 13 faixas e as letras foram escritas por Rafael Bittencourt, guitarrista da banda. Temple of Shadows se tornou maior álbum de heavy metal brasileiro contemporâneo.
Desde os anos 50, quando o rock surgiu, muitas misturas e subgêneros foram tornando o estilo ainda mais envolvente.
Agora que você já conhece alguns dos maiores álbuns conceituais da história, confira os 8 melhores álbuns de rock de todos os tempos!
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