22 de Agosto de 2023, às 12:00
É difícil pensar na história da música e não associá-la à biografia de Bob Dylan. Afinal, ele é considerado um dos maiores artistas de todos os tempos e revolucionou a musicalidade a partir dos anos 60.
Desde as melhores músicas de Bob Dylan, de poesia e protesto, até suas atitudes e falas polêmicas, tudo o que é criado por ele marcou e ainda marca a arte das mais variadas maneiras.
Indefinível e imensurável, ele é uma das personalidades mais influentes de todos os tempos. Não deixe de conhecer a biografia de Bob Dylan.
Conhecido como “poeta trovador”, Bob Dylan é um artista completo e revolucionou a história da música mundial, principalmente do rock. Chegou a hora de celebrar sua importância, com a sua biografia completa.
Robert Allen Zimmerman, nome verdadeiro de Bob Dylan, nasceu em Duluth, Minnesota, nos Estados Unidos, em 24 de maio de 1941. Seus pais eram descendentes de judeus russos.
Na infância, Dylan já se mostrava bastante interessado em música e, sozinho, aprendeu a tocar guitarra e piano. Aos 10 anos, começou a escrever poemas.
Quando se tornou adolescente, nos anos 50, acompanhou de perto a explosão do rock e admirou artistas como Little Richard e Buddy Holly. Nessa época, formou suas primeiras bandas.
Em 1959, Bob Dylan entrou na Universidade do Minnesota, em Minneapolis. Lá, ele deixou o rock de lado e foi se dedicar a outro estilo, mais tradicional, o folk.
Além disso, também passou a se interessar pelo protest song, ou música de protesto, muito popular naquela década. O artista resgatou hits do passado, como canções de Woodie Guthrie, mas também se interessou pelas novidades trazidas pelo músico Pete Seeger.
Foi só na década de 60 que ele passou a adotar o pseudônimo Bob Dylan. O primeiro nome era um apelido e o segundo foi escolhido em homenagem a um de seus poetas preferidos, Dylan Thomas. A sonoridade também foi um critério de escolha, pois Dylan e Allen têm sons parecidos.
Nesse período, Dylan decidiu abandonar a faculdade e se mudar para Nova York, em busca de melhores oportunidades na música – a cidade apresentava uma forte cena folk. Lá, o cantor se apresentava em bares, tocando violão e gaita.
Em 1962, foi descoberto pelo produtor da Columbia Records, John Hammond Jr. e lançou seu primeiro disco. As faixas eram releituras de canções já consagradas de folk.
Infelizmente, a produção não chamou a atenção do público e a gravadora quase rompeu o contrato com Dylan.
Aos poucos, Bob Dylan foi ganhando notoriedade na cena folk e resolveu contratar um empresário muito influente na época, Albert Grossman. O estilo agressivo de Grossman foi um empecilho para Hammond Jr., e o cantor acabou rompendo com seu produtor original.
O segundo disco, The Freewheelin’ Bob Dylan, foi lançado em 1963. Esse trabalho, composto só por canções autorais, foi o primeiro passo para alçar Dylan à fama. É desse disco a onipresente Blowin’ In The Wind.
Apesar de receber muitos elogios da crítica e do meio universitário dos EUA, Bob Dylan não era muito conhecido do público em geral. Tanto que, na Inglaterra, esse álbum fez muito mais sucesso e vendeu mais cópias do que em solo americano.
O cantor não estava chamando atenção só na música. Seus posicionamentos políticos, principalmente a favor do povo, transformaram-no na “voz crítica da América” – título que ele sempre odiou, diga-se de passagem.
Na década de 60, Bob Dylan se pronunciou a favor do Movimento dos Direitos Civis dos Negros, liderado por Matin Luther King. Ele também esteve presente na Marcha Sobre Washington em 1063, ao lado da amiga, parceria musical e então namorada, Joan Baez.
No ano seguinte, lançou seu terceiro álbum, The Times They Are A-Changin’, no mesmo formato do anterior: voz, violão e canções de protesto.
A partir de 1965, os Estados Unidos vivenciaram a chegada daquela que se tornaria uma das maiores bandas de todos os tempos: The Beatles. As músicas do grupo invadiram as rádios e proporcionaram uma reconexão do país com o rock, que havia caído no esquecimento há algum tempo.
A chegada dos britânicos também influenciou a música de Bob Dylan. Embora o artista gostasse de rock, ele acabou se dedicando mais ao folk, porque achava que este último era um gênero mais sério e capaz de discutir os problemas do mundo de forma mais profunda.
Mas, ao se deparar com os Beatles, percebeu que era possível combinar um ritmo vibrante e animado com letras que fizessem pensar.
O cantor chegou, inclusive, a se encontrar com os integrantes da banda em 1964, em uma turnê pelos EUA. Foi então que surgiu a lenda, já confirmada, de que foi Bob Dylan quem apresentou a maconha para os Beatles.
No seu disco seguinte, Another Side of Bob Dylan, o cantor começou um movimento tímido de se reaproximar do rock. Nas letras, falou menos de problemas sociais e mais de problemas do coração – mas sempre, é claro, com uma pegada mais reflexiva, que é a sua marca registrada.
Esse álbum foi um marco do rock americano e influenciou muitos artistas nos anos seguintes, embora as vendas não tenham sido tão expressivas.
Em 1965, mais um disco foi lançado, Bringing It All Back Home. Suas faixas foram gravadas com instrumentos elétricos, o que foi considerado uma afronta para a cena folk da época. Muitos cantores disseram que Dylan tinha se vendido.
Mas os roqueiros estavam muito felizes com essa mudança. Tanto que Bob Dylan se tornou o padrinho do movimento chamado de A Resposta Americana, composto pelos artistas que tocavam rock desde os anos 50.
Em agosto de 1965, foi lançada aquela que, para muitos, é considerada a melhor obra de Bob Dylan. O disco Highway 61 Revisited contém o grande clássico Like a Rolling Stone. Vale dizer que todas as faixas foram gravadas com instrumentos elétricos.
A partir daí, ele se tornou uma grande estrela do rock mundial. E foi também o começo do ranço do cantor pelo showbiz. Assim, apesar de fazer turnês pelo mundo, ele passou a comparecer cada vez menos a ambientes cheios de artistas e fãs.
Em julho de 1966, o cantor sofreu um grave acidente de moto e quase quebrou o pescoço. Depois de se recuperar, sua voz nunca voltou a ser a mesma, ficando mais grave e rouca.
Bob Dylan ficou, durante algum tempo, sem fazer aparições públicas e só deu sinal de vida em dezembro de 1967, quando lançou o disco John Wesley Harding.
O retorno aos palcos aconteceu em 1969, num show lendário, assistido por muitos outros artistas da época, como Eric Clapton e os integrantes dos Beatles.
Na década de 70, Bob Dylan se manteve mais intimista, mas continuou a ser um fenômeno. Os discos lançados nesse período foram Planet Waves, Blood on the Tracks e Desire. Neste último, está a inesquecível Hurricane.
No começo dos anos 80, uma nova fase se iniciou na vida e na carreira do cantor. Ele se converteu ao Catolicismo e começou a fazer canções religiosas. Foi um período de pouco prestígio para Dylan e parecia que seu brilho tinha se dissipado.
Mas, ao se unir ao grupo The Traveling Wilburys, do qual também fazia parte George Harrison, os fãs perceberam que nem tudo estava perdido.
A partir dos anos 90 e início dos 2000, seus discos voltaram a ter boas vendas e críticas, com destaque para Time Out of Mind, Love and Theft e Modern Times.
Em 2016, Bob Dylan voltou a ser alvo de polêmicas, depois de ser indicado ao Prêmio Nobel de Literatura daquele ano. Como não é escritor, muitas pessoas questionaram a premiação.
Você percebeu o quanto a biografia de Bob Dylan é marcada por polêmicas e êxitos surpreendentes, né? Deve ser por isso que, aos 82 anos, ele continua a ser um dos maiores nomes da música mundial e segue na ativa, fazendo shows no mundo inteiro!
Agora que você já conhece a biografia de Bob Dylan, chegou a hora de relembrar as letras de suas músicas. Não deixe de conferir a nossa seleção com as melhores frases de Bob Dylan.
Curta as suas músicas sem interrupções
Pague uma vez e use por um ano inteiro
R$ /ano
Use o Letras sem anúncios.
R$ /ano
Benefícios Premium + aulas de idiomas com música.
Já é assinante? Faça login.