9 de Junho de 2022, às 12:00
Se você nasceu depois dos anos 2000, provavelmente só começou a ouvir falar da cantora Joanna agora, com algumas polêmicas envolvendo a sua suposta namorada.
Mas a artista já está nos holofotes desde a década de 1980 e é considerada uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos.
Além de cantar, ela também é compositora e multi-instrumentista, e já criou sucessos para cantores como Cauby Peixoto, Simone, Angela Maria e Emílio Santiago. Sem falar nos seus posicionamentos de vanguarda: Joanna é homossexual assumida desde o início de sua vida pública.
Com uma trajetória cheia de grandes hits e de muitas vitórias no meio artístico, vale a pena conhecer a biografia da cantora Joanna. Confira, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre ela.
A cantora Joanna é um dos grandes nomes da MPB e se consagrou, ao longo dos anos, como uma das maiores representantes da música romântica no país. Conheça agora os detalhes de sua biografia.
Maria de Fátima Gomes Nogueira, nome verdadeiro da cantora Joanna, nasceu no dia 27 de janeiro de 1957, no bairro do Méier, no subúrbio do Rio de Janeiro. Ela é filha do violonista Joaquim e da dona de casa Marietta.
Apesar de não cantar profissionalmente, a sua mãe tinha uma linda voz e tinha o costume de se apresentar em encontros de família. Desde a infância, Joanna escrevia poemas para expressar seus sentimentos. Aos 12 anos, ganhou de presente do pai um violão e foi matriculada em uma escola de música.
Incentivada tanto pelos pais quanto pelos irmãos, ela sempre estava envolvida com o meio musical e tentava compor a partir de seus escritos.
Ainda na adolescência, Joanna começou a participar de festivais de música em várias cidades do interior do Rio de Janeiro. Ela pesquisava os lugares que teriam algum concurso e viajava sozinha para concorrer ao prêmio. Naquela época, ela ainda se apresentava com o nome de Maria de Fátima.
Aos 17 anos, ficou em primeiro lugar no programa A Grande Chance, da TV Tupi RJ. A canção que ela escolheu para apresentar foi Última Forma, que mais tarde ficaria conhecida na voz de Emílio Santiago.
Por ter vencido o concurso, Joanna assinou um contrato com a gravadora RCA (atual Sony Music). Uma parceria que dura até hoje.
Em 1979, então com 22 anos, Joanna lançou o seu primeiro disco, Nascente, que vendeu mais de 80 mil cópias na estreia. Com esse lançamento, ela passou a ser reconhecida como cantora revelação da música popular brasileira.
Nessa época, ela já havia conquistado a sua independência financeira e resolveu sair da casa dos pais e se mudar para um apartamento com dois amigos que também eram músicos e compositores.
Na virada para os anos 1980, a cantora gravou o especial Mulher 80 da Rede Globo, ao lado de Maria Bethânia, Elis Regina, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone, Gal Costa, Rita Lee e das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, do seriado Malu Mulher.
No mesmo ano, Joanna lançou Estrela Guia, seu segundo disco, que inclui hits como Momentos e Quarto de Hotel. Em seguida, ela gravou um novo álbum a cada ano, todos com faixas de muito sucesso com o público e com a crítica.
Quando começou a sua carreira, a cantora foi orientada a não se apresentar como Maria de Fátima, porque não chamaria muito a atenção do público. Então, ela ficou na dúvida se adotaria o nome artístico de Fátima Nogueira ou Nina de Fátima.
Logo nas primeiras apresentações, percebeu que precisaria de outro nome, porque já existiam muitas cantoras com o nome “Fátima” no país. Com isso, o seu produtor musical da época deu três opções para ela escolher: Joana, Mariana ou Juliana.
A cantora se decidiu por Joanna, adicionando mais um “n”, para ficar diferente do comum.
Desde as suas primeiras músicas lançadas, Joanna optou por gravar canções autorais, em que abordava os mais diversos temas. Mas o romance sempre foi a sua temática principal e fez com que o seu estilo musical fosse definido como romântico popular, um subgênero da MPB.
A partir dos anos 2000, ela começou a se dedicar mais ao pop e às músicas com mensagens religiosas. Um exemplo de produção dessa nova fase é o CD Joanna em Oração, gravado ao vivo na cidade de Aparecida do Norte, interior de São Paulo.
Outro disco nessa linha foi lançado em 2011, com o título Em Nome de Jesus — Joanna Interpreta Padre Zezinho. Nele, Joanna interpreta clássicos do cantor Padre Zezinho.
Desde os anos 1990, Joanna assumiu a sua homossexualidade, mas não tem o costume de comentar sobre a sua vida pessoal. O que se sabe é que ela foi casada durante 20 anos com Maria Marta Vieira, que também era sua empresária.
Em 2007, Maria Marta descobriu que Joanna a traía e a relação ficou abalada. Depois de muitas brigas, as duas reataram, mas a trégua não durou muito.
O relacionamento terminou em 2009, depois de uma crise de ciúmes de Maria que deixou Joanna enfurecida, chegando a agredir a companheira com chutes e socos.
Por causa desse episódio, a cantora foi acusada por sua ex-esposa por agressão física e enfrentou um processo penal, no qual foi condenada. Joanna conseguiu reverter a condenação pelo pagamento de cestas básicas. Depois disso, a artista foi vista acompanhada de diversas mulheres, anônimas e famosas.
Ela só assumiu um novo namoro em 2020, com a cantora gospel Karen Keldani, com quem também realizou parcerias musicais.
Hoje não há confirmação de que as duas ainda estão juntas, mas o nome de Joanna foi associado à acusação de que Karen havia agredido a sua própria mãe, em 2021.
Se você está se perguntando por onde anda a cantora Joanna, vai gostar de saber que ela continua na ativa, com novos projetos musicais e shows por todo o país e também ao redor do mundo.
O seu último disco foi lançado em 2020, sob o título Aqui e Agora. Hoje a cantora Joanna tem 65 anos e vive sozinha no Rio de Janeiro.
Com uma carreira que atravessa gerações, a artista já lançou vários sucessos desde a década de 1980. Confira a seguir quais são as suas melhores da cantora Joanna.
A nova fase da cantora Joanna é voltada para o Cristianismo. Podemos perceber essa tendência na música Treze de Maio, que se refere ao Dia de Nossa Senhora de Fátima, que fez a sua primeira aparição nessa data.
Diretamente dos anos 1990, Tô Fazendo Falta foi uma das 5 canções mais tocadas de 1999, ano de seu lançamento. É claro que ela não poderia faltar na nossa seleção, não é mesmo?
Um grande clássico das músicas religiosas é Mãezinha Do Céu. E ela fica ainda mais emocionante na voz forte de Joanna, que consegue expressar toda a sua devoção à Mãe de Jesus.
Você já sabe que, a partir dos anos 2000, a cantora passou a se dedicar a gravar músicas com temáticas cristãs. Viva a Mãe de Deus e Nossa é do álbum Joanna em Oração, que mostra essa sua nova tendência.
Se você gosta da música A Padroeira, com certeza se lembra da novela que tinha o mesmo título, exibida pela Rede Globo em 2001.
Vale a pena ouvir de novo a interpretação da cantora.
Amanhã Talvez foi um megahit em 1986, ano de seu lançamento. Na letra, conseguimos perceber todo o romantismo que se tornou a marca registrada da cantora.
A cantora Joanna é um dos nomes mais importantes da música brasileira. Assim como ela, outros cantores também foram essenciais para a evolução desse estilo musical e lançaram discos icônicos.
Quer saber quais são? Conheça agora os melhores álbuns de todos os tempos da MPB!
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