A história do hino do Atlético Mineiro, um dos gigantes de MG

A curiosa história do hino do Atlético Mineiro, sem dúvida, coloca a música entre as composições mais emocionantes entre os clubes de futebol brasileiros. 

Com presença constante nos estádios por onde passa o Galão da Massa, muitas vezes ressoando em coro nas arquibancadas, o hino oficial do clube mineiro foi composto por Vicente Motta em 1969 para capturar o espírito aguerrido do clube mineiro.

No entanto, o que muita gente não sabe é que esse não foi o primeiro hino do clube. Quer descobrir como essa música surgiu e se tornou um verdadeiro símbolo da torcida alvinegra? Continue a leitura para conferir toda essa história!

A história do hino do Atlético Mineiro: tradição e paixão de um dos maiores times de Minas Gerais

A história do hino do Atlético Mineiro não começou em 1969, quando a versão hoje conhecida foi apresentada ao público. Na verdade, até chegar à versão atual, símbolo de garra e tradição para os torcedores, o Galo teve outras músicas oficiais.

O primeiro hino oficial do clube surgiu em 1928, criado por Augusto Moreira e Djalma Andrade, com uma pegada mais formal, típico da época, para homenagear o então presidente do time, Leandro Costa.

Contudo, com o passar dos anos, a diretoria do Atlético sentiu a necessidade de uma nova canção que fosse capaz de animar e envolver a massa atleticana nas arquibancadas. 

Foi então que, em 1969, o clube decidiu encomendar um novo hino ao cantor e publicitário Vicente Motta, um atleticano apaixonado com grande talento para a música.

Amigo íntimo de Dario dos Santos — mais conhecido como o ídolo do clube Dadá Maravilha —, Motta era conhecido por sua habilidade em criar jingles, por ter ganhado alguns concursos de marchinhas de Carnaval e por ser o autor do hino de outro time mineiro, o América.

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Como nasce um hino imortal: a história do hino do Atlético Mineiro

A diretoria do Galo tinha um pedido especial ao compositor do novo hino: a música precisava obrigatoriamente mencionar os títulos de “Campeão do Gelo” e “Campeão dos Campeões”, ressaltando as conquistas históricas do time. 

Motivado pela missão de criar uma obra que capturasse a paixão pelo clube, Motta mergulhou no desafio e estudou a fundo o estilo de Lamartine Babo, que compôs os hinos dos times cariocas, para escrever o novo hino do Atlético.

A composição foi oficialmente apresentada no mesmo ano e teve uma recepção calorosa da torcida e do clube, logo se tornando um símbolo tradicional do Galo nas arquibancadas. 

O então novo hino, inclusive, foi reconhecido internacionalmente em 1976, quando venceu um concurso mundial em Nápoles, na Itália. 

Vicente Motta, que faleceu em 2001, deixou seu legado e sua paixão imortalizados nessa composição, que até hoje, quase seis décadas depois, segue celebrada como um dos hinos mais emocionantes do futebol brasileiro.

O hino do Galo na música

Não é só a legião de torcedores apaixonados do Atlético Mineiro que já entoou o hino do Galo Brasil afora. Muitos artistas do mundo da música já imortalizaram sua paixão pelo time alvinegro em gravações incríveis.

Um deles é o cantor mineiro Wilson Sideral, um dos artistas que mais abraçou a causa atleticana em sua carreira, realizando performances ao vivo em diversos eventos ligados ao clube. Ele gravou uma versão bem rock ‘n roll do hino, com guitarras pesadas.

A gigante do metal Sepultura também já gravou a música, como uma celebração do amor pelo time e pela cidade natal da banda, Belo Horizonte. A versão tem uma sonoridade pesada, com uma nova interpretação da canção.

A lista de artistas que também já gravaram o hino do Galo inclui, ainda, nomes como Jota Quest, Vander Lee e a Galo Rock Band, uma banda formada por torcedores apaixonados do clube.

O significado por trás da história do hino do Atlético Mineiro

O hino do Galo é uma poderosa declaração de amor, lealdade e luta, que reflete o espírito guerreiro que caracteriza o clube e sua torcida. 

Logo no início, os versos estabelecem o tom da canção, destacando o compromisso inabalável dos jogadores em campo e o apoio fervoroso dos torcedores por meio da palavra “raça”, uma das mais usadas no vocabulário atleticano.

Nesse contexto, “raça” simboliza a determinação em superar desafios e buscar vitórias, não importa o quão difíceis sejam as circunstâncias.

Nós somos do Clube Atlético Mineiro

Jogamos com muita raça e amor

Vibramos com alegria nas vitórias

Clube Atlético Mineiro

Galo Forte Vingador

Na sequência, o hino segue com o refrão, que resume a filosofia do clube: uma busca incessante por conquistas em cada competição, o que é explicitado pela repetição da palavra “vencer” para reforçar o espírito combativo do Atlético.

Vencer, vencer, vencer

Este é o nosso ideal

Honramos o nome de Minas

No cenário esportivo mundial

A canção também enfatiza a importância da união e força entre os atleticanos, além de mencionar o título histórico conquistado após uma série de partidas amistosas que o Atlético disputou na Europa, enfrentando temperaturas rigorosas: “Campeão do Gelo”.

O admirável feito simboliza a superação de desafios e a bravura que fazem parte da identidade do clube.

Nós somos campeões do gelo

O nosso time é imortal

Nós somos campeões dos Campeões

Somos o orgulho do esporte nacional

A letra termina com uma mensagem que representa o orgulho atleticano, provando que, muito além de qualquer adversidade, o Atlético Mineiro sempre se erguerá e continuará a lutar.

Lutar, lutar, lutar

Com toda nossa raça pra vencer

Clube Atlético Mineiro

Uma vez até morrer

É essa combinação de paixão, lealdade e resiliência que faz do hino atleticano uma das composições mais impactantes do futebol brasileiro.

Conheça as melhores músicas de torcida do mundo

Se você gostou de conhecer a história do hino do Atlético Mineiro, vai amar o conteúdo que preparamos sobre as melhores músicas de torcida do Brasil e do mundo.

Você vai descobrir os hinos não-oficiais de gigantes do mundo do futebol conhecidos pela paixão de suas torcidas, incluindo times como Liverpool, Cruzeiro, Boca Juniors, Flamengo e Corinthians, entre muitos outros!