24 de Fevereiro de 2021, às 12:00
O rap tem conquistado cada vez mais espaço nas playlists dos brasileiros e se tornou o lugar de protesto que por muitos anos foi ocupado pelo rock.
Através das rimas, os maiores rappers do Brasil expressam seus sentimentos de revolta, falam sobre política, amor e fazem críticas sociais mais do que necessárias para nos levar à reflexão.
A sigla rap vem do inglês, que significa rhythm and poetry e foi na década de 70 que o estilo começou a se popularizar nos Estados Unidos, como um dos pilares da cultura hip hop.
Por aqui, muitos rappers se destacaram e conquistaram seu merecido espaço na música e a gente decidiu reunir alguns deles! Veja a seguir alguns dos grandes rappers do país!
Separamos artistas homens e mulheres que tornam o rap nacional ainda mais especial e que merecem um espacinho na sua playlist!
Um dos maiores nomes do rap no Brasil é Mano Brown, integrante do Racionais MC’s. O cantor começou sua carreira no final da década de 80 e, ao lado de Ice Blue, Edi Rock e KL Jay, fundou o maior grupo de rap do país, em 1988, mas se destacou também em carreira solo.
Lançou em 2016 seu disco Boogie Night, com influências dos bailes blacks dos anos da década de 80. Aos 50 anos, Mano Brown influenciou muitos artistas da cena, e é conhecido por retratar, em suas composições, a realidade da periferia. Ouça Gangsta Boogie:
Da cena rap recente, Djonga tem chamado a atenção com seu estilo arrebatador e letras afiadas. O mineiro, nascido em Belo Horizonte, cresceu na periferia da capital e além de cantar é diretor, compositor e historiador.
Antes de começar como rapper, costumava frequentar saraus de poesia, o que certamente influenciou a estética criativa de Djonga, que começou a compor aos 16 anos.
Em seu trabalho mais recente, lançado em 2020, um dos destaques é a música Procuro Alguém, em que homenageia sua filha.
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O rapper, compositor e escritor Emicida é uma das revelações da cena hip hop da década de 2000.
Recentemente, ele estreou com seu documentário AmarElo, na Netflix, em que aborda o legado da cultura negra.
Começou a se destacar na Rinha dos MC’s, na qual foi vencedor 11 vezes. Ativista, Emicida é incansável, empreende na gravadora independente Laboratório Fantasma e ainda escreve. É de sua autoria o livro infantil Amoras.
Kleber Cavalcante Gomes, conhecido como Criolo, chamou a atenção do público com a música Não Existe Amor em SP, que retrata as angústias da maior metrópole do Brasil.
Apesar de ter estourado em 2011, Criolo começou no rap em 1989, escrevendo e participando das disputas de MCs em São Paulo. Com três álbuns de estúdio lançados, ele conseguiu chamar a atenção da classe média alta para o rap.
Entre os maiores rappers do Brasil, MV Bill não poderia ficar de fora. Começou na música compondo sambas-enredos ao lado de seu pai e gravou seu primeiro disco de rap em 1998, Traficando Informações.
Nascido no Rio de Janeiro, além de cantar, Bill é ativista, ator e escritor. Em 2010, venceu o Video Music Brasil como Melhor Cantor de Rap.
Soldado do Morro, uma de suas canções mais populares, fala retrata a vida de jovens na criminalidade.
Sabotage faleceu em 2003, mas segue vivo na cena rap, influenciando diversos músicos que exaltam sua importância como Criolo, Ice Blue, Mano Brown, RZO, entre outros.
Mostrando que o rap muda vidas, Sabotagem largou o tráfico depois de descobrir seu dom para compor. Lançou em 2001 seu primeiro disco, Rap É Compromisso e o álbum póstumo Sabotage, de 2016.
Nome aclamado da cena rap atual, Baco Exu do Blues fez barulho logo com seu disco de estreia, Esú, lançado em 2017.
No ano seguinte, lançou Bluesman e a faixa Te Amo Disgraça se tornou um de seus grandes sucessos, passando dos 31 milhões de visualizações no YouTube.
Com apenas 26 anos, o rapper nascido em Salvador já conseguiu atrair fãs como Caetano Veloso e Lázaro Ramos.
Cantora, compositora e atriz, Negra Li, uma das rappers mais respeitadas, começou a se interessar pelo gênero aos 16 anos. Iniciou sua carreira no grupo RZO, em 1996.
Fez parceria com o Charlie Brown Jr. em Não é Sério, lançado em 2000. Em carreira solo, iniciada em 2005, lançou o primeiro trabalho Guerreiro, Guerreira, em parceria com o rapper Helião.
Seu disco mais recente saiu em 2018, Raízes, que marca a volta da cantora ao rap, após experimentações pelo pop e MPB.
Joyce Fernandes, a Preta Rara, nasceu em Santos e é uma das pioneiras na cidade entre as mulheres no rap. Antes de se consagrar como rapper e arte educadora, Preta trabalhou como empregada doméstica e fez do incômodo a sua motivação para criar.
Encabeçou, em 2016, o movimento Vai ter mulher gorda na praia em Santos e chegou a dividir o palco com o Criolo no Sesc Santos.
Lançou seu primeiro disco, Audácia, em 2015, e entre seus principais temas estão o racismo, a gordofobia e a luta contra o machismo.
De Jacareí para o mundo, Tássia Reis lançou seu disco de estreia, Outra Esfera, em 2016.
Mas foi com o álbum Próspera, lançado em 2019, que a rapper chamou a atenção de críticos e o disco foi considerado um dos melhores do ano. Foi com esse disco também que Tássia Reis apresentou suas músicas em sua primeira turnê internacional.
Fã de Nina Simone, Erikah Badu e Lauryn Hill, a rapper fala sobre empoderamento feminino, amor e autoconhecimento em suas músicas.
Ativista, cantora e compositora, Linn da Quebrada é uma mulher trans nascida em São Paulo em 1990.
Lançou sua primeira música, Enviadescer, em 2016, no YouTube, seguidos dos sucessos Bixa Preta, Mulher e Talento, que logo chamaram a atenção do público. Para Linn, se manifestar artisticamente é o seu processo de cura.
Mais uma potência do rap feminino, Flora Matos nasceu em Brasília, em 88. Lançou seu primeiro trabalho no rap em 2009, a mixtape Stereodubs, com a faixa Pretin, muito apreciada pelos fãs.
Seu primeiro disco saiu em 2017, Eletrocardiograma, responsável por projetar o nome de Flora no cenário nacional. Preta de Quebrada é uma das músicas de destaque do disco.
Cynthia Luz é uma das rappers mais ouvidas nas plataformas de música atualmente. Nascida em Minas Gerais, são dela os hits Sejas Bem Feliz, Olhares e Deixa Ela.
Ela mesma meteu as caras para que sua carreira na música vingasse. Se não estava compondo, usava o tempo para entrar em contato com produtores e foi com essa persistência que conseguiu lançar seu primeiro disco, Do Caos ao Nirvana, em 2017.
Drik Barbosa começou a compor aos 14 anos e hoje faz parte da Laboratório Fantasma, produtora de Emicida e Fióti.
Em um universo dominado por homens, Drik se destaca como uma forte representante do hip hop recente, com seus hits: Quem Tem Joga, Sobre Nós, que conta com a participação do rapper Rachid, Inconsequente, Espelho, entre outras.
Rimas potentes, muita poesia e crítica social. O rap é um gênero musical que transforma vidas e nele encontramos músicas impactantes e cheias de frases sensacionais que mostram o quanto o estilo tem poder.
Separamos 39 frases de rap perfeitas para usar em legenda, postar no status e quem sabe até lançar uma tattoo.
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