6 de Dezembro de 2023, às 12:00
O dia 8 de dezembro de 1980 foi marcado por um acontecimento que parou o mundo: a morte de John Lennon. O lendário líder dos Beatles, considerado um dos maiores artistas de todos os tempos, deixou a vida em um assassinato trágico, lembrado até hoje pelos fãs.
O mundo conheceu John Lennon a partir de 1960, quando, ao lado de Paul Mccartney, George Harrison e Ringo Starr, formou The Beatles. A banda fez história na música e na cultura e marcou o rock para sempre.
Para além dos Beatles, Lennon também teve uma brilhante carreira solo, iniciada nos anos 1970. Ao lado da esposa, Yoko Ono, criou novas composições e deixou a sua marca também como escritor, pensador e ativista da paz.
Por toda a sua influência musical e cultural, que permanece viva até hoje, a morte de John Lennon teve grande impacto entre as pessoas e ainda é lembrada como um trágico evento. Vamos relembrar os últimos momentos do artista e os detalhes de seu assassinato.
Para compreendermos o quão marcante foi a morte de John Lennon para a cultura mundial, precisamos relembrar sua carreira e seu legado nas artes.
John Lennon é frequentemente lembrado como um jovem de Liverpool, Inglaterra, que sempre sonhou em ser famoso com a música. Essa história se confirma, já que, desde a adolescência, ele se dedicou a estudar guitarra e outros instrumentos. Além disso, também formou algumas bandas.
Até que, nos anos 1960, conheceu Paul Mccartney e o convidou para tocar com ele. Aos poucos, novos integrantes foram se juntando ao projeto, até que The Beatles foi criado. E o resto é história que todo mundo já conhece: foi um sucesso!
No final da década, John Lennon passou por grandes reviravoltas em sua vida. Ele se envolveu cada vez mais com espiritualidade e esoterismo. Esse período também coincidiu com o seu divórcio de Cynthia Powell e o início do relacionamento com Yoko Ono.
Ela exerceu grande influência na produção artística de Lennon e o incentivou no seu ativismo pela paz. Um grande marco dessa fase foram as músicas Give Peace a Chance e Imagine.
Nos últimos anos da década de 1970, John Lennon passou por um hiato na carreira. Ele decidiu focar na criação de seu filho com Yoko Ono, Sean. Essa pausa terminou em outubro de 1980, quando o artista lançou um novo álbum de inéditas. Mas, infelizmente, seus planos foram interrompidos por sua trágica morte.
Na tarde do dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon e Yoko Ono estavam saindo de sua casa, no Edifício Dakota Building, em Nova Iorque, quando foram abordados por vários fãs, pedindo autógrafos.
Um deles era Mark Chapman, que segurava uma cópia do último trabalho do cantor, o disco Double Fantasy. Lennon autografou a capa do álbum e foi embora.
O casal estava a caminho de um estúdio de gravação. Por lá, passaram praticamente todo o dia. Quando retornaram, aproximadamente às 23 horas, Chapman ainda estava em frente ao prédio de Lennon. Ao ver o artista, disparou 5 tiros contra ele.
O primeiro atingiu uma janela, mas os outros quatro o acertaram. Um foi direto na artéria aorta do cantor, que perdeu bastante sangue e caiu no local. O porteiro do edifício imobilizou Chapman e chutou a arma para longe dele.
O assassino de John Lennon não tentou fugir ou resistir. Ele aguardou a chegada da polícia lendo o livro O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger. Enquanto os policiais prendiam Chapman, o cantor ia de viatura para o hospital St. Luke’s-Roosevelt.
Ao chegar lá, John Lennon foi declarado morto. A causa da morte foi choque hipovolêmico, causado pelos projéteis do revólver.
No dia 09 de dezembro, Yoko Ono foi bastante discreta e declarou que não haveria funeral. Ela apenas pediu o seguinte: John amava e rezava pela raça humana. Por favor, façam o mesmo por ele. O corpo do artista foi cremado e suas cinzas foram espalhadas pelo Central Park.
Além disso, Yoko Ono pediu que os fãs de John Lennon fizessem uma homenagem coletiva ao artista, no dia 14 de dezembro. Todos se uniram por 10 minutos de silêncio. Em Nova York, todas as rádios saíram do ar juntas nesse período.
A última foto de Lennon, tirada por Annie Leibovitz, foi capa da edição seguinte da Rolling Stone, totalmente dedicada à vida e à obra do músico. E as vendas de Double Fantasy, último trabalho do artista, dispararam após sua morte. Antes, elas estavam abaixo do esperado.
Ainda que tenham se passado 43 anos da morte de John Lennon, muitas teorias da conspiração ainda permeiam esse acontecimento.
Devido ao envolvimento do artista com a esquerda, o jornalista Fenton Bresler levantou a hipótese de que a CIA estava por trás do assassinato. Em seu livro Who Killed John Lennon? (Quem Matou John Lennon?), de 1990, ele afirma que Chapman teria sofrido uma lavagem cerebral da agência, para cometer o crime.
O dramaturgo Ian Carroll também compartilha da mesma teoria e a encenou na peça One Bad Thing. Em 2004, foi publicado o livro Rethinking John Lennon’s Assassination: The FBI War on Rock Stars, em que Salvador Astucia apresenta supostas evidências de que Chapman não teria cometido o assassinato.
E, no documentário The Day John Lennon Died, de 2019, há a hipótese de que o porteiro do Dakota, José Perdomo, era exilado cubano ligado à CIA e contribuiu para o crime.
Apesar de todas as teorias, Mark Chapman declarou que, como grande fã de John Lennon, estava bastante decepcionado com o cantor há alguns anos, por causa do seu deboche à religião.
As letras das músicas God e Imagine, por exemplo, causavam-lhe incômodo, além da declaração de Lennon de que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo.
No entanto, anos mais tarde, Mark Chapman declarou em entrevistas que o principal motivo de ter cometido o crime foi o desejo por fama. Ele queria ser famoso e, por isso, matou o homem mais famoso do mundo.
Atualmente, Chapman está cumprindo a sua pena de prisão perpétua na penitenciária Greenhaven Correctional Facility, em Nova York. Desde 2000, ele pede por liberdade condicional e o seu pedido é sempre negado pela Justiça.
No local do Central Park onde as cinzas de John Lennon foram jogadas, foi criada a área Strawberry Fields Memorial, onde se encontra uma pintura no chão, escrito Imagine. Todos os dias, turistas do mundo inteiro prestam suas homenagens ao eterno ativista pela paz.
Com o passar dos anos, muitos artistas lançaram músicas em homenagem póstuma a John Lennon. Alguns nomes são Bob Dylan, Elton John, David Gilmour e, é claro, Paul Mccartney.
Até hoje, a data de 08 de dezembro continua a ser lembrada pelos fãs e pelas pessoas que conviveram e amaram John Lennon. Em 2020, por exemplo, Ringo Starr, seu ex-companheiro de Beatles, pediu no Twitter que todas as rádios do mundo tocassem Strawberry Fields Forever pelo menos uma vez naquele dia.
Yoko Ono e o filho do casal, Sean, também sempre relembram a data em suas redes sociais. Sem falar nas inúmeras postagens, ações, publicações, filmes e séries já lançados em homenagem a John Lennon.
John Lennon continua a ser um dos maiores nomes da música de todos os tempos. O seu legado ainda inspira fãs e artistas do mundo inteiro, que se emocionam e são influenciados por sua poesia musical.
Tanto que, até hoje, mais de 40 anos depois de sua morte, são muitas as produções lançadas sobre o artista e sobre o fatídico dia 08 de dezembro de 1980. Em 2023, por exemplo, a Apple TV+ divulgou a notícia de que lançará uma série que abordará em detalhes o assassinato de John Lennon, em 3 episódios.
Muito além dos Beatles, que revolucionaram o rock nos anos 1960, John Lennon ainda é lembrado pela carreira solo, por seu ativismo pela paz, por sua arte audiovisual e também pelo sua filosofia de vida.
A morte de John Lennon foi um evento que impactou todo o mundo. O motivo dessa comoção é o talento e o legado do artista, que perpassam gerações.
As suas contribuições à arte podem ser vistas nas músicas escritas por ele. Por isso, vamos celebrar a sua genialidade com uma seleção de melhores frases de John Lennon.
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