1 de Novembro de 2022, às 12:00
The Car, novo álbum da banda Arctic Monkeys, está oficialmente disponível para o mundo inteiro contemplar. Depois de quatro anos na expectativa, o projeto de uma das maiores bandas contemporâneas chegou ao público.
O grupo já havia liberado três singles para que os fãs pudessem entender o que seria retratado no projeto: uma pegada mais voltada para o jazz e soul, ritmos que têm se tornado uma marca para os integrantes do Arctic Monkeys.
Para conhecer mais sobre The Car, incluindo curiosidades sobre o processo criativo do álbum e o significado de algumas músicas, basta continuar lendo! Reunimos tudo o que os fãs precisam saber sobre o novo projeto da banda.
Quando o Tranquility Base Hotel & Casino, sexto álbum da banda, foi lançado, muitas pessoas estranharam a mudança no ritmo.
Afinal, a mudança do rock para o jazz parecia abrupta, principalmente para quem conhecia Arctic Monkeys através de músicas como R U Mine? e Arabella, por exemplo.
Com a chegada de The Car, dá para perceber que o lançamento do álbum anterior foi uma preparação para o que viria depois, já que a energia musical é bem semelhante entre ambos.
Sobre isso, inclusive, o baterista da banda, Matt Helders, confirmou que The Car continua de onde o outro parou, em termos sonoros, e que a banda nunca mais soaria como em R U Mine? novamente.
Em entrevistas sobre a criação do novo álbum, Alex Turner, vocalista da banda, contou sobre a tentativa de voltar ao rock ainda em 2019, nas primeiras criações após o Tranquility Base Hotel & Casino.
No entanto, a experimentação com os riffs e uma música mais alta, como ele mesmo descreve, não chegava onde ele queria, por isso foi preciso fazer mais testes musicais até o veredito da direção criativa.
The Car deu seus primeiros passos quando There’d Better Be a Mirrorball, a faixa de abertura do álbum, foi testada em diferentes instrumentos, como violão e piano, e os integrantes conseguiram se sentir satisfeitos.
O processo de gravação das músicas aconteceu durante o começo da pandemia do corona vírus, quando o fechamento dos estabelecimentos foi instituído. Graças a isso, os membros do Arctic Monkeys começaram a morar juntos para dar vida ao novo álbum.
Para Alex, o momento de isolamento ajudou o time a produzir com mais foco, já que eles estavam afastados das distrações da cidade. Por isso, o processo foi mais fluido.
Uma curiosidade interessante sobre o álbum é que o seu processo de criação foi documentado pelo próprio Alex Turner em uma câmera pessoal. Após a finalização, algumas dessas cenas foram cortadas, editadas e transformadas no que viria a ser o primeiro videoclipe da nova era do Arctic Monkeys.
There’d Better Be a Mirrorball, o primeiro single do álbum, conta com as imagens registradas e se transforma em um clipe intimista e extremamente bem elaborado a partir das técnicas de edição.
Já o clipe de Body Paint, segundo single de The Car, também traz um aspecto vintage para combinar com o ritmo melancólico da canção.
Visualmente, traz muitas metáforas e brinca com a sincronia dos elementos sonoros, como uma cena em que as luzes piscam junto com a mudança das teclas do piano, dando uma sensação satisfatória no espectador.
O último videoclipe lançado até então, da música I Ain’t Quite Where I Think I Am, abandona um pouco a técnica de filmagem usada nos dois primeiros, mas ainda remete ao vintage através das roupas e estilo no geral.
Nele, a banda aparece performando a canção enquanto se entrega ao show inteiramente. O resultado é um clipe em que é quase impossível piscar devido aos elementos incríveis que surgem a cada segundo.
Arctic Monkeys é uma banda indie e conhecida por trazer letras profundas e cheias de possíveis interpretações e em The Car isso se repete.
Confira abaixo um resumo do que cada canção retrata e curiosidades acerca delas!
Em There’d Better Be a Mirrorball, Alex Turner canta sobre um relacionamento que estava fadado ao fracasso desde o começo.
A música de abertura menciona o termo the car, título do álbum, assim como diversas outras canções também trazem à tona.
I Ain’t Quite Where I Think I Am abre espaço para muitas interpretações. O título pode ser traduzido como eu não estou exatamente onde penso que estou, demonstrando um estado de desilusão.
Em entrevista para o Radio X, Turner comentou que o título, Sculptures of Anything Goes, é uma referência à abertura de Indiana Jones, filme de Steven Spielberg lançado em 1984.
Jet Skis on the Moat é uma das únicas canções que foram escritas por alguém além do próprio Alex Turner. A música começou com Tom Rowley e o processo criativo começou a partir do próprio título.
Body Paint é uma canção melancólica em que Turner canta sobre enxergar a toxicidade de uma pessoa a ponto de antecipar cada movimento. É densa, divertida e quase vingativa.
The Car, faixa-título do álbum, foi inspirada em uma fotografia tirada por Matt Helders, baterista do Arctic Monkeys. A imagem chamou a atenção de Turner por despertar memórias afetivas que ele tinha envolvendo seu pai.
Big Ideas não começou pelo primeiro verso. Na verdade, o refrão foi escrito e toda a música nasceu a partir daí. Para Turner, a melodia exigia que a canção fosse além do pop.
Hello You surgiu na mente da banda ainda em 2019, no começo da criação do novo álbum. Tudo foi descartado na época, mas uma demo da música continuou chamando a atenção do grupo e sobreviveu até sua versão final.
De acordo com Turner, Mr Schwartz é um personagem que surgiu em 2019. Ao contrário do que muitos pensam, a música não é sobre Delmore Schwartz, um poeta americano que poderia render várias interpretações.
O vocalista do Arctic Monkeys deixou claro que Perfect Sense é, pessoalmente, uma de suas músicas favoritas.
A canção é a mais curta do álbum e reflete o processo de criação: tudo foi muito rápido e direto, de acordo com a banda.
The Car traz um lado novo da banda e demonstra seus talentos diversos, mas é sempre válido olhar para trás e ver o caminho que ela trilhou para chegar até aqui.
Para isso, preparamos uma seleção com as melhores músicas do Arctic Monkeys que mostra que o sucesso do grupo não começou de agora. Vale a pena conferir!
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