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Letra

O Plural

Le Pluriel

Prezado senhor, disseram-me, o senhor também é umCher monsieur, m'ontils dit, vous en êtes un autre
Quando me recusei a pegar o trem delesLorsque je refusai de monter dans leur train
Sim, provavelmente, mas eu não dou uma de bom apóstoloOui, sans doute, mais moi, j'fais pas le bon apôtre
Não preciso de ninguém para ser umMoi, je n'ai besoin de personn' pour en être un

O plural de nada serve para o homem e assim queLe pluriel ne vaut rien à l'homme et sitôt qu'on
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecisEst plus de quatre on est une bande de cons
Bloco do eu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questãoBande à part, sacrebleu! C'est ma règle et j'y tiens
Entre os nomes dos que partem não se verá o meuDans les noms des partants on n'verra pas le mien

Deus! Quantas procissões, quantos monômios, quantos gruposDieu! Que de processions, de monomes, de groupes
Quantos ajuntamentos, quantos cortejos diversosQue de rassemblements, de cortèges divers
Quantas ligas, quantos bandos, quantas corjas, quantas tropas!Que de ligu's, que de cliqu's, que de meut's, que de troupes!
Para tal inventário, só mesmo um PrévertPour un tel inventaire il faudrait un Prévert

O plural de nada serve para o homem e assim queLe pluriel ne vaut rien à l'homme et sitôt qu'on
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecisEst plus de quatre on est une bande de cons
Bloco do eu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questãoBande à part, sacrebleu! C'est ma règle et j'y tiens
Entre os gritos dos lobos, não se ouve o meuParmi les cris des loups on n'entend pas le mien

Sim, a causa era nobre, era justa, era bela!Oui, la cause était noble, était bonne, était belle!
Estávamos apaixonados, casamo-nos com elaNous étions amoureux, nous l'avons épousée
Desejávamos ser felizes com ela, todos nósNous souhaitions être heureux tous ensemble avec elle
Mas éramos muito numerosos, nós a contrariamosNous étions trop nombreux, nous l'avons défrisée

O plural de nada serve para o homem e assim queLe pluriel ne vaut rien à l'homme et sitôt qu'on
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecisEst plus de quatre on est une bande de cons
Bloco do eu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questãoBande à part, sacrebleu! C'est ma règle et j'y tiens
Entre os nomes dos eleitos, não se verá o meuParmi les noms d'élus on n'verra pas le mien

Eu sou aquele que passa ao lado das fanfarrasJe suis celui qui passe à côté des fanfares
E que canta, em surdina, uns acordezinhos irreverentesEt qui chante en sourdine un petit air frondeur
E digo a esses senhores, que se assustam com as minhas notasJe dis, à ces messieurs que mes notes effarent
« Sou tão músico quanto vocês, bando de barulhentos! »Tout aussi musicien que vous, tas de bruiteurs!

O plural de nada serve para o homem e assim queLe pluriel ne vaut rien à l'homme et sitôt qu'on
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecisEst plus de quatre on est une bande de cons
Bloco do eu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questãoBande à part, sacrebleu! C'est ma règle et j'y tiens
Nas fileiras de carteiras, não se verá a minhaDans les rangs des pupitr's on n'verra pas le mien

Para beijar a mulher, se for preciso sermos dozePour embrasser la dam', s'il faut se mettre à douze
Prefiro divertir-me sozinho, caramba!J'aime mieux m'amuser tout seul, cré nom de nom
Sou aquele que mantém distância das surubasJe suis celui qui reste à l'écart des partouzes
O obelisco é um monolito, é ou não é?L'obélisque estil monolithe, oui ou non?

O plural de nada serve para o homem e assim queLe pluriel ne vaut rien à l'homme et sitôt qu'on
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecisEst plus de quatre on est une bande de cons
Bloco do seu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questãoBande à part, sacrebleu! C'est ma règle et j'y tiens
No feixo de falos não se verá o meuAu faisceau des phallus on n'verra pas le mien

Sem um tico de inveja dos mortos em hecatombesPas jaloux pour un sou des morts des hécatombes
Espero ser grande o bastante para deixar este mundo sozinhoJ'espère être assez grand pour m'en aller tout seul
Não quero que me ajudem a descer ao túmuloJe ne veux pas qu'on m'aide à descendre à la tombe
Divido qualquer coisa, menos minha mortalhaJe partage n'importe quoi, pas mon linceul

O plural de nada serve para o homem e assim queLe pluriel ne vaut rien à l'homme et sitôt qu'on
Somos mais de quatro, não passamos de um bando de imbecisEst plus de quatre on est une bande de cons
Bloco do seu sozinho, ora bolas, é a minha regra e disso faço questãoBande à part, sacrebleu! C'est ma règle et j'y tiens
No feixo de tíbias não se verá a minhaAu faisceau des tibias on n'verra pas les miens

Composição: Georges Brassens. Essa informação está errada? Nos avise.
Traduzida por HACI. Revisão por HACI. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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