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Letra

    Quem diria
    Que o malandro um dia
    Sumiria do morro onde foi cria
    Deixando o velho barraco onde viveu

    Mas quem diria
    Que a lapa os arcos os bares um dia
    Veria findar a alegria
    Com a ausência do velho malandro que ali bebeu

    Agora só há tristeza
    No morro de Santa Tereza
    Pois quando a patrulha passa
    Não há mais correria

    O coração da mulata
    Se estreita a cada dia
    Ao relembrar seu amor
    Sua valentia
    Adeus querido malando até um dia

    Mas o que o povo se esquece
    Que a morte não é o fim
    O zé ainda pode ser visto
    Na porta do botequim
    Com seu panamá
    Sua ginga e sua graça
    O malandro acena e sorri
    Pra quem ali passa


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