Relógios
Caio Cobaia
Estão nos arranha-céus
La em cima dessas torres
Os relógios marcam os passos
Desses tempos apressados
Pulsando sempre num compasso
Olhos sempre atordoados
Ao mesmo tempo, essa hora
A cabeça não está presente agora
Relógios, o tempo
Que segue em frente
Marcham sem parar
Relógios, ponteiros
Freneticamente
Andam sem voltar pra trás
Os relógios nunca mentem
O tempo passa e segue em frente
De um a doze badaladas
Tudo é inconsequente
Passa tempo, passam as horas
Já nascemos, já crescemos e morremos
E os ponteiros dos relógios
Ainda estão sempre batendo
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