Sexto Selo
Cecília de Souza
No sexto capítulo
Do livro de João
O verso é o doze
O livro é Revelação
Nos fala este livro
De uma visão
Que o mundo passaria
Por grande aflição
O selo foi aberto
A terra estremeceu
O Sol tornou-se escuro
Mais negro que o breu
A Lua como sangue
Para o mundo escorreu
Abriu-se o sexto selo
Foi João que escreveu
Muitas estrelas
Caíram do firmamento
Como as figueiras
Que soltam seu rebentos
Que o Sol se retirou
Como um livro que se enrola
Que os montes se moveram
Para dentro, para fora
O selo foi aberto
A terra estremeceu
O Sol tornou-se escuro
Mais negro que o breu
A Lua como sangue
Para o mundo escorreu
Abriu-se o sexto selo
Foi João que escreveu
Os povos que restaram
Fugiram com temor
Gritavam para os montes
Nos cubra, por favor
Da ira do Cordeiro
Sentimos mui pavor
Clamaram pela morte
Mas a morte se ausentou
O selo foi aberto
A terra estremeceu
O Sol tornou-se escuro
Mais negro que o breu
A Lua como sangue
Para o mundo escorreu
Abriu-se o sexto selo
Foi João que escreveu
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