Violeiro Paulista
Chico da Serra e Pantanal
Me sinto orgulhoso de ser forgazão
Já nasci pensando nesta profissão
Meu pai foi violeiro, me deu instrução
Aprendi na viola quatro afinação
Por ser educado e bem comportado
Sou considerado nesta região
Na minha carreira não saio da pista
Em todos os torneios eu sou finalista
Nas festas de gala dos grande artista
Meu nome está sempre escrito na lista
Na hora da festa eu franjo a testa
E mostro que presta o violeiro paulista
Eu entro na sala, as moças rodeiam
Nos braços da viola meus dedos passeiam
Dou um sapateado, assoalho bambeia
Se o telhado é fraco cai algumas telhas
Eu danço o catira, não digo mentiras
Eu sou um caipira com sangue nas veias
Pra fazer modinhas não fico pensando
Não forço a memória, eu faço brincando
Me deito na cama, acordo sonhando
De manhã cedinho levanto rimando
Agora eu vejo que o sertanejo
Só tem o desejo é de viver cantando
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