Crises
Concílio de Trento
Teve tanta pena que se deitou do meu lado
Sai de perto, mandou vir buscar
Fechou, caiu, já era, fugiu do seu aparato
Tão sensato, abstrato, blá blá blá
Não me siga, estou perdido
Minha alma é o sacrifício
Eu, animal, corro perigo
Logo em dois meu inimigo
Eu sou o herói, ninguém me salva
Cara à tapa, morde e rasga
Te acompanho até a cela
Até onde o seu gosto seca
Ladrão empresta a frustração da vida por um triz
Você pode me mostrar o começo da cicatriz
Aversão à utilidade, mesmo o novo não demora
Só preciso mudar o começo dessa história
Rosto sujo como o trapo e o sapato
Como a grama e como o macaco
Tão grande quanto um Deus
E tão pequeno como eu
Não sei onde eu estou
Não sei pra onde eu vou
Só sei do que não sobrou
E eu não sei porque me deixou
Não sei onde tudo está
Só sei do que vai acabar
Malthusianamente recomeçar
Fora de razão
Infelizmente eu não faço o seu tipo
Esquecido e inimigo
Sou uma parábola real
Que se tornou muito abismal
Não sei onde eu estou
Não sei pra onde eu vou
Só sei do que não sobrou
E eu não sei porque me deixou
Não sei onde tudo está
Só sei do que vai acabar
Malthusianamente recomeçar
Quantos milhões de espelhos eu ainda irei quebrar?
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