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Soneto - XXII (ou A Vaidade)

Contos de Joaquim

Letra

    É preciso entregar-se a humanidade
    pelas veias correr vida, nunca sangue!
    como o ser da metafísica de Dante
    viajar por entre toda Eternidade...

    É preciso ser com todos, mas sozinho!
    Ver nos olhos a verdade, os destinos!
    Ver o mundo com o olhar em desatino!
    Preferir, mais que a rosa - o espinho!

    E é por isso, e por outras que escrevo,
    levo a vida como fosse um ato cênico
    de comédia, de amor. De humor negro!

    E, então, sendo assim eu vos segredo,
    que em parte o que digo é estrangeiro,
    porém, parte é de mim - é esquizofrênico! (ou é verdadeiro!).


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