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Indignação Hereditária

Crítica da Razão Pura

Aqui em Ilhéus eu vou levando a vida
Sem emprego, sem dinheiro, mas a vida sadia
A conquista é uma prova de uma batalha vencida
Misturado com lágrimas a minha bebida
Que soberbou e concentrou sobre a terra é desse jeito
O líquido vermelho, o cheiro do medo
Eu peço a Deus que me proteja dos amigos
Pra inimigo eu tô esperto, mas perto do perigo
Ando indignado a cada giro desse mundo
Porque vejo que meus dias se consomem como fumo
Porque aqui a dignidade se vende
Por frango e por peixe é o preço dessa gente
É como a erva seca que por ti é consumida
Vai tragando aos poucos até que lhe rouba a vida
Convulsão social, nem a ciência explica
Chega ao seu lar a violência explícita
Filhos matam pais e vice-versa
Réu quer ser absorvido e põe a culpa na erva
Playboyzada de Brasília não foi o inverso
Matou índio, garçom, instinto perverso
A justiça é falha, lenta e homicida
Esta numa escrita o preço da vida

Quem é que deve mais? Quem vai pagar por eles?

No dia do juízo não haverá erros
Vejo que ficamos a km da felicidade
Estacionado no tempo vendo ela ser jogada
No malhado e nas demais quebradas
Que foram esquecidos por políticos canalhas
Que não fazem nada a não ser nos out-doors
Dão informação tipo, Ilhéus cada vez melhor
Talvez como fosse a vida lá na selva
Acordar pela manhã como o perfume das relvas
Sem polícia, sem extorsão, sem crime com certeza
Sem a justiça pra julgar, só a lei da natureza
Os pensamentos voam, então ouça meu irmão
Quem semeia esperança, colhe indignação hereditária

Saber o que lhe espera o futuro é tremendo
Faça-o agora não espere o momento
Se a vida não lhe serve, apenas obedeça
Respeite-o, liberte-se cresça

Dinheiro, droga, fama e conforto
Um prazer mesquinho parcial e enganoso
Ciclo vicioso de impressão muito agradável
Fujo desse jogo não me favorece o espaço
Descrever com precisão o que enfrento com coragem
Chamamos de preconceito, um monstro feio e selvagem
Que empobrece a história, que enfraquece a memória
Atitude errada quem desviou da trajetória
Quem não tem o emprego, se aventura no carrêgo
Quem não faz o mesmo do calote no parceiro
Falhar não é comigo, vencer é o objetivo
Longe das criácas, pra me manter vivo
A hora não é essa, o tempo tá fechado
Longe das promessas efeito do mal resultado
Quando o tempo fecha, quem não fica preocupado?
No morro quando chove barranco leva barraco a baixo
Não vi tudo nesse mundo o que eu vi foi pra mim
Deixar indignado, revoltado tipo assim
Ficar longe do perigo é a receita certa
O dedo que aponta é o mesmo que aperta
O crime não é filme é só embalo de bandido
Malandro negativo só deu prejuízo
Morrer por tudo, a custo de nada
Viver sem valor se acabando na vala
A vida só é bela em cenas de novela
O mundão não é tela de 14 polegadas
Indignação hereditária

Saber o que lhe espera o futuro é tremendo
Faça-o agora não espere o momento
Se a vida não lhe serve, apenas obedeça
Respeite-o, liberte-se cresça

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