Castigo de Deus
Curió e Canarinho
Eu vou contar uma história,
História triste da vida
De um pobre inveterado
E viciado na bebida;
Vivia embriagado
Não ligava pra família
Seu prazer era beber
Dia e noite, noite e dia
Quanto mais tonto
Ele ficava mais bebida ele queria.
Em uma noite escura e fria
Em sua casa ele chegou
Foi entrando e gritando a
Mulher se levantou,
Ele disse arrogante:
- Mulher quero comer!
Ela respondeu chorando
Num tem nada pra fazer
Num tem nem arroz, feijão
Seu dinheiro é pra beber
Ele ficou enraivecido
Com a resposta da mulher
E num ato impensado
Deu-lhe um bruto ponta-pé
Ela caiu pela escada
Sangue começou a correr
Gritando desesperada
Suspirou para morrer
Com filhinho que faltava
Poucos dias pra nascer
Ela morreu e também o filhinho
Pobre coitadinho inocente sem saber
Que faltava poucos dias
Poucos dias pra nascer
Os dois já tinham morrido
E o coitado não notou
Saiu pela rua correndo a
Procura de um doutor
Quando um carro em disparada
Por cima dele passou
E cortou-lhe as duas pernas sem
O braço ele ficou
Com o choque os seus dentes
Sua língua o decepou.
Ficou cego, ficou surdo,
Ficou mudo e aleijado
O seu rosto faz horror
Está todo desfigurado
Hoje arrastando sempre na escuridão
Mendigando daqui e ali um pedacinho de pão
Seu desespero é profundo
Sua vida é só chorar
O seu grande sentimento é não língua pra falar
O maior castigo é não o seu crime confessar.
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