Foge de mim (Vete de mi)
Dalva de Oliveira
Tu que envolves tudo em alegria juvenil
E vês na Lua mil figuras desiguais
E ouves canções emoldurando o céu de anil
Foge de mim!
Não te detenhas a olhar os ramos velhos do rosal
Que vão murchando sem dar flor
Olha a paisagem do amor
Que é razão para sonhar e amar
Eu que lutei tanto contra a inveja e maldição
Sinto essas mãos enfraquecidas a sangrar
Que já não podem te apertar
Foge de mim!
Serei o que houve de melhor
Doce lembrança em teu viver
Quando puderes me esquecer
Como o poema que é melhor
E não podemos recordar
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