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Pout-Pourri de Pagodes

Divino e Donizete

Letra

    Viola que não presta
    Faca que não corta
    Se eu perder, pouco me importa.

    O cabo da minha enxada era um cabo bacana
    Não era de guatambu, era de cana caiana
    Um dia lá na roça, me deu sede toda hora
    Chupei o cabo da enxada e joguei a enxada fora
    Enxada que não presta
    Faca que não corta
    Se eu perder, pouco me importa.
    ....................

    Gavião da minha foice
    Não pega pinto
    Também a mão de pilão
    Não joga peteca
    O cabo da minha enxada
    Não tem divisa
    As meninas dos meus olhos
    Não tem boneca
    ....................

    Já derrubamos o mato
    Terminou a derrubada
    Agora preste atenção
    Meus amigo e camarada

    Não posso levar vocês
    Na minha nova empreitada
    Vou pagar tudo que devo
    E sair de madrugada
    ....................

    Barranco de lado a lado metro e meio só de estrada,
    vem sair delá com vida de um estouro de boiada,
    briga de foice no escuro prá ele é marmelada,
    prá quem já caiu no fogo, uma brasa não é nada.
    .....................

    Viola minha viola, cavalete do pau preto
    Morro com você nos braços, de joelho lhe prometo
    Viola minha viola de jacarandá e canela
    Na alegria ou na tristeza vivo abraçado nela
    Minha viola divina, eu ganho a vida com ela.


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