Cria do carajá
Érlon Péricles
"sou missioneiro... pilincho-telha
terra vermelha no meu patuá!
eu uso a cruz de quatro braços
e mais dois braços, se precisá!"
Sou missioneiro de qualquer lado
Fui batizado, no carajá
Pego serviço com meus arreios
Não tem corpeio, quando é pra já!
Fim de semana, onde me embromo
Por onde eu tomo meus guaraná,
Tenho um enredo, cunhãtay...
Que conheci num ah! ah!ah!
A campo fora canto à porfia
Trago a mania, desde piá!
Quando me agarro numa alaúsa
Eu tenho cruza com tamanduá!
"sou missioneiro... pilincho-telha
terra vermelha no meu patuá!
eu uso a cruz de quatro braços
e mais dois braços, se "precisá"
Um dia eu largo, da vida bruta...
Desta labuta, ao deus dará,
Finco meu rancho e junto uns troço
E será nosso meu carajá!
Querência choca, pipiricando
Fica ciscando pra alimentar
Assim é a terra de amor comum
Pra que nenhum vá se extraviar
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