Sidun
Fabrizio De André
Sidun
Sidun
O meu menino, o meu
U mæ ninin u mæ
O meu
u mæ
Lábios gordos ao sol
lerfe grasse au su
De mel, de mel
d'amë d'amë
Tumor doce benigno
tûmù duçe benignu
Da tua mãe
de teu muaè
Espremido no mormaço úmido
spremmûu 'nta maccaia
Do verão, do verão
de stæ de stæ
E agora grumo de sangue orelhas
e oua grûmmu de sangue ouëge
E dentes de leite
e denti de laete
E os olhos dos soldados cães raivosos
e i euggi di surdatti chen arraggë
Com a espuma à boca, caçadores de cordeiros
cu'a scciûmma a a bucca cacciuéi de bæ
A perseguir a gente como caça
a scurrï a gente cumme selvaggin-a
Até que o sangue selvagem não os apague o desejo
finch'u sangue sarvaegu nu gh'à smurtau a qué
E depois o ferro na garganta, as algemas das prisões
e doppu u feru in gua i feri d'ä prixún
E nas feridas a semente venenosa da deportação
e 'nte ferie a semensa velenusa d'ä depurtaziún
Por que de nosso, da planície ao cais
perché de nostru da a cianûa a u meü
Não mais crescerá árvore, nem espiga, nem filho
nu peua ciû cresce aerbu ni spica ni figgeü
Adeus meu menino, a herança
ciao mæ 'nin l'ereditæ
Está escondida
l'è ascusa
Nesta cidade
'nte sta çittæ
Que queima, que queima
ch'a brûxa ch'a brûxa
Na noite que cai
inta seia che chin-a
E nesta grande luz de fogo
e in stu gran ciaeu de feugu
Para a tua morte pequena
pe a teu morte piccin-a
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