Cara a Máscara
Fernanda Batista
Se alimenta do meu medo
Respira do meu pavor
Pois que no fundo tem medo
Da extensão da minha dor
Corpo a corpanzil se mostra e ri
E gosta do meu estado de abandono
Cara a máscara me enfrenta
Com vantagens de meu dono
Grande guardador que é
Grande senhor, grande senhor
Um dia esse seu vozeirão
Já não me causa mais temor
Um dia eu abro essa porta
E meu diabo te atenta
E a minha faca te entra
E a minha raiva te corta
E há de cair coisa morta
Sangue e sangue e alegria
Meu medo longe da porta
Justificando a histeria
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