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Protestar, Mudar!

Fidalgo Herdeiro

Letra

    Protestar, mudar!
    Protestar, mudar!
    Vai se fu pra lá!
    Mente inteirada, sagaz que mete as cara
    Palavriado bruto indigesto pruma pa de capa
    Indiferente, que se foda os doente
    Aquele que só julga é tão fraco quanto inconsequente
    Tamo nos corre, estilo só se fode
    Mas minha fé é grande e no final é nóis que ta no ibope
    Fidalgo é o vulgo, sustenta no bagulho, graduação pesada

    Pesadelo que abala os miúdo
    Cria do ninho, sobrevivente nato
    Ladrão não passa pedra é maloquero dos codificado
    Assim sustenta, a firma é forte e guenta
    Testo a fé nem pensa, nóis esparra e dita a sequência

    Como num forte sem sorte, não alivia
    Nem ilumina, todo dia correria, protestar, mudar.
    Tudo não pode, não fode, que discrimina
    É porcaria, coisa fina só quem pode vai poder quebrar.
    Segura o sangue no choque, não tem revolver
    Se é miúdo, ta aziando, zucrinando, vai se fu pra la.
    Como num forte sem sorte, não alivia, nem ilumina
    Todo dia correria, protestar, mudar.

    Cabeça zucrinada, se não cala, fala
    Esparra, sem problema eu to no esquema
    O vulgo é loco a letra é bala, não para
    Som de quebrada, fuzilando mente fraca
    O peso cresce, só nóis guenta, ta com a firma ta em casa

    Maluco doido, vagabundo, só da loco sou
    Rap responsa solta as onça que eu já to no flow
    Nos verso onde me expresso, confesso paz que eu peço
    Família só o que eu conservo, o que sobra miúdo é resto
    O espaço é reservado, tudo junto e misturado
    A doidera é legalize e ninguém perde o compasso
    É fato, ai fidalgo, vou disser quem ta errado, num sou eu
    E nem você, é quem não ta do nosso lado

    Como num forte sem sorte, não alivia
    Nem ilumina, todo dia correria, protestar, mudar.
    Tudo não pode, não fode, que discrimina
    É porcaria, coisa fina só quem pode vai poder quebrar.
    Segura o sangue no choque, não tem revolver
    Se é miúdo, ta aziando, zucrinando, vai se fu pra la.
    Como num forte sem sorte, não alivia, nem ilumina
    Todo dia correria, protestar, mudar.

    Sustenta na rua, consciência pura
    Os corre alivia a labuta, a rima e o gueto
    O crime perfeito, marginal é o termo que usa.
    Vagabundo a pa do sistema, gerando problema
    É ruim de conter, alheio ao seu podre regime
    Instruído pro bem engolindo o que vê
    Os de classe quis desmerecer
    Os do meio não soube entender, várias vezes
    Discriminado, conhece seus passos, não vai se abater
    Por quê? A vida tende assim, os mais forte engole os novim
    Não tem pano passado aqui, deixar grave é o fim

    É só saber o que envolve, quantas de cem
    Quantas glock, esperando o sinal do walktalk
    Quando os capa moscar nóis engole
    Segue a sequência, os malote, as piranha e as brenfa
    Ham, nunca se renda, sempre fica
    Pior do que pensa, he, não subestime
    O ataque é de grosso calibre, a rima mesclada
    No beat explode na cara extinguindo o que existe

    Como num forte sem sorte, não alivia, nem ilumina
    Todo dia correria, protestar, mudar.
    Tudo não pode, não fode, que discrimina, é porcaria
    Coisa fina só quem pode vai poder quebrar.
    Segura o sangue no choque, não tem revolver
    Se é miúdo, ta aziando, zucrinando, vai se fu pra la.
    Como num forte sem sorte, não alivia, nem ilumina
    Todo dia correria, protestar, mudar
    Sem marcar toca sobrevive, o estilo é livre pensa
    Logo desiste, pra não ter que entrar no crime aguenta
    Fazendo arte sem disfarce pra entrar no esquema, vira cultura
    Só os mano, a mente aberta inventa
    Bagui codificado, o certo é falar errado

    Tentando quebrar o sistema bem distante dos otário
    Na quebra os aliado os miúdo passa mal
    Viola, beatbox, o improviso é natural
    Parada que vira estúdio, só da músico de primeira
    A arte envolve os maluco, não tem descanso já corre na veia
    Pesado que vira fardo, sou louco, mas to ligado
    Centrado no que eu faço, não posso ficar calado
    E não calo, a fé que eu tenho me guia
    O pensamento me inspira, a vida tanto
    Me ensina e Deus o que me ilumina

    Como num forte sem sorte, não alivia
    Nem ilumina, todo dia correria, protestar, mudar
    Tudo não pode, não fode, que discrimina
    É porcaria, coisa fina só quem pode vai poder quebrar
    Segura o sangue no choque, não tem revolver
    Se é miúdo, ta aziando, zucrinando, vai se fu pra lá
    Como num forte sem sorte, não alivia, nem ilumina
    Todo dia correria, protestar, mudar
    Protestar, mudar!
    Vai se fu pra lá!


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